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    Tabata Amaral defende debate responsável sobre a escala 6x1

    “Não vou apoiar um projeto que possa levar à perda salarial de trabalhadores ou à pejotização”, disse ela

    Tabata Amaral (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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    247 – Em entrevista à Exame, durante um curso sobre segurança pública na Universidade Columbia, em Nova York, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) discutiu os desafios da política brasileira, incluindo sua experiência na corrida pela prefeitura de São Paulo em 2024 e questões controversas como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada de trabalho no regime 6x1. A parlamentar também abordou as barreiras enfrentadas por mulheres jovens e independentes na política, ressaltando a influência desproporcional do financiamento eleitoral nos resultados das disputas.

    “Terminar com 10% dos votos, enfrentando campanhas de máquinas muito mais estruturadas, é um bom resultado. Mas é frustrante ver como as campanhas são determinadas por recursos e pela falta de espaço para debates de ideias”, afirmou Tabata, que perdeu a eleição marcada por episódios polêmicos, como uma briga entre candidatos.

    A escala 6x1 e a defesa do debate responsável

    Tabata destacou sua posição cautelosa em relação à PEC que propõe a redução da jornada de trabalho para evitar impactos negativos nos salários e no mercado formal. “Se queremos reduzir a jornada, precisamos garantir que isso não impacte no salário mínimo. É um cálculo que precisa ser feito com cuidado. Não vou apoiar um projeto que possa levar à perda salarial de trabalhadores ou à pejotização”, explicou.

    A deputada também questionou a ausência de um debate mais aprofundado sobre o tema. “Olhei para o texto da PEC e percebi que, além de cálculos incorretos, não foram consideradas questões cruciais, como o impacto nos pequenos empregadores e o risco de precarização ainda maior do mercado de trabalho. Estou preocupada com quem hoje vive com um salário mínimo e pode ser prejudicado”, destacou.

    Tabata defendeu que a redução da jornada seja feita de forma gradual e com base em dados concretos, citando experiências internacionais como exemplos de transições bem-sucedidas. “Na Europa, países que implementaram a redução de jornada fizeram isso em fases, com testes regionais ou ajustes graduais, para entender os impactos antes de escalar. Precisamos adotar uma abordagem semelhante no Brasil.”

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