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Taxa de juros de 10,5% ao ano é criminosa, diz Sérgio Nobre

Manifestação da CUT exigiu a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, acusando-o de boicotar o governo federal

Ato da Central Única dos Trabalhadores contra os juros altos (Foto: Divulgação (CUT))

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247 – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais realizaram um protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta terça-feira (30), contra a manutenção da taxa de juros elevada pelo Banco Central (BC). A manifestação pede a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, acusando-o de boicotar o governo federal.

Segundo Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT, a taxa de juros atual de 10,5% ao ano é “criminosa”. “Essa política de juros altos foi derrotada nas eleições de 2022. Campos Neto, se tivesse decência, teria entregado o cargo junto com Paulo Guedes e o inominável”, afirmou em entrevista ao Portal da CUT

Nobre ainda criticou a atuação de Campos Neto, dizendo que ela “elimina investimento produtivo, promove a maior transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos”.

Campos Neto justifica a manutenção da taxa elevada com base em questões fiscais, equilíbrio econômico e controle da inflação. Contudo, os indicadores econômicos do Brasil têm apresentado melhora desde 2023, incluindo queda na inflação, crescimento econômico e aumento no nível de empregos.

Juvândia Moreira, vice-presidente da CUT Nacional e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), reforçou a crítica de Nobre. “A quem está servindo o presidente do Banco Central? Aos interesses de quem?", questionou. Em seguida, ela completou: “é aos interesses do 1% mais ricos da população”.

Em declaração, Moreira também cobrou a destituição de Campos Neto, destacando que a dívida pública brasileira poderia ser menor se não fosse pela atuação do atual chefe do BC. 

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