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    Aval do Sebrae para garantir crédito já beneficia pequenos negócios gaúchos atingidos pelas cheias

    Contratos foram assinados nesta quinta-feira (29), fazem parte do Acredita e integram a Ação Sebrae pelo Rio Grande do Sul

    Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

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    Agência Sebrae - O presidente do Sebrae, Décio Lima, e os ministros da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, participaram nesta quinta-feira (29) da cerimônia de assinatura dos primeiros contratos para concessão de crédito a pequenos negócios gaúchos com garantias do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), gerenciado pelo Sebrae. A meta é um aporte de garantias no Fundo de Aval para realizar R$ 1 bilhão em crédito para os pequenos negócios, com 100% de cobertura em cada operação e isenção de taxas, voltado para atender os empreendedores gaúchos que ainda sofrem as consequências das enchentes no estado.

    Quando damos a garantia, os juros caem porque não há risco. E quando a gente pulveriza nos diversos agentes, provocamos uma competição no sistema financeiro, reduzindo ainda mais as taxas de juros. Além disso, há ainda a segurança que o micro e pequeno empreendedor vai ter, pois nós somos os avalistas - Décio Lima, presidente do Sebrae

    O ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, destacou os esforços para que os recursos cheguem a todos que possuem algum empreendimento no estado. “Desde o início, temos conversado com o Sebrae para trazer o recurso a esses empreendedores. Estamos muito felizes com a presença do presidente Décio Lima aqui”, disse Paulo Pimenta.

    Uma das empreendedoras beneficiadas com o aporte é Juliana Berenice da Costa, proprietária da Charme Lingerie e Moda Praia, um pequeno negócio em Campo Bom (RS). Ela está tomando, pela primeira vez, um crédito no valor de R$ 50 mil, com aval do Fampe, para investir no e-commerce após seu faturamento ter sido afetado pelas enchentes.

    “Eu mantenho a loja pela fidelização que eu tenho com as clientes, mas sinto a necessidade de entrar nesse segmento”, conta. “Foi muito rápido conquistar o empréstimo, sem grandes burocracias. Nós somos bons pagadores, mas se o banco não acreditar não adianta”, continuou Juliana, que receberá um voucher de R$ 2,5 mil para a contratação de uma consultoria especializada em negócios do Sebrae.

    Letícia Pimentel da Silva, de Esteio, é sócia-proprietária da Granplast, uma pequena indústria de embalagens recicladas. Ela contou que durante as chuvas não teve como acessar a empresa e perdeu muitos fornecedores e clientes. A empreendedora explicou como pretende utilizar o crédito conquistado com o aval do Sebrae. “Vamos fazer investimentos em máquinas novas, em melhorias na tecnologia para um aumento de produção e de faturamento”, afirmou. “Os juros estão bem dentro do nosso orçamento e por não vamos precisar dar nada como garantia, está sendo muito bom”, completou.

    Agricultura familiar

    Durante o evento, dois representantes de cooperativas de produtores rurais também assinaram contratos de financiamento com o aval do Sebrae, por meio do Fampe.

    A disponibilização desse aval para as cooperativas da agricultura familiar mostra que o Sebrae quer fazer um trabalho social de maior profundidade chegando aos rincões do Brasil - Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário

    Uma delas é a Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária Terra Livre, com sede em Nova Santa Rita (RS) e abrangência em todo o estado com a produção de leite, arroz orgânico, suco da uva, mel e feijão. Djones Roberto Zucolotto, que integra a direção da entidade com cerca de 1 mil cooperados, explica que os recursos chegaram em boa hora.

    “Foram três eventos seguidos de estiagem aqui no Rio Grande do Sul, onde as nossas famílias sofreram muito. E agora, mais recentemente, as enchentes. Esse recurso vem justamente nesse momento que vamos precisar de um capital de giro para continuarmos produzindo e comercializando para o mercado institucional, com alimentação escolar pelo PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar] e nos PAAs [Programa de Aquisição de Alimentos] para o Exército, para os institutos federais e hospitais”, disse.

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