"Empreendedorismo materno vem da necessidade de romper com uma realidade incompatível no mercado de trabalho", diz empreendedora
No Brasil e no mundo, segundo estatísticas, mais de 50% das mulheres que retornam da licença maternidade acabam mudando de carreira dentro de dois anos
Por Beatriz Bevilaqua, 247 - Os eventos proporcionam uma oportunidade de recuperar as relações interpessoais e o contato visual perdido durante a pandemia. Segundo dados da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), hoje o segmento movimenta mais de R$291 bilhões e gera 6,6% dos empregos no Brasil.
No episódio desta semana do "Empreender Brasil", da TV 247, entrevistamos Adriana Giglio, fundadora da Bold Eventos Estratégicos. Ela já foi gestora de eventos culturais na Livraria Cultura, tendo passado pela Endeavor Brasil e ao enfrentar a dificuldade de conciliar trabalho e rotina doméstica após a maternidade, decidiu fundar sua própria empresa de eventos.
No Brasil e no mundo, segundo estatísticas, mais de 50% das mulheres que retornam da licença maternidade acabam mudando de carreira dentro de dois anos. Segundo Adriana, isso ocorre devido à queda de produtividade e ao cansaço, resultantes de uma cultura que exige que a mulher trabalhe como se não tivesse filhos e cuide dos filhos como se não tivesse trabalho. “Quando retornei da licença maternidade, enfrentei muitas dificuldades para conciliar tudo. O empreendedorismo materno surge da necessidade de romper com uma realidade incompatível no mercado de trabalho”, afirmou.
Para criar o negócio, ela reuniu toda a sua rede de mulheres com habilidades complementares para apoiá-la nesta jornada inicial, trabalhando na construção da marca, site, design e estratégia de prospecção. “Pedi ajuda às minhas amigas mais talentosas e numa única tarde, tomando vinho, nos reunimos em minha casa e criamos juntas a minha primeira empresa”, disse Adriana.
Durante a entrevista, ela se mostrou muito resiliente, sobretudo durante o período da Covid-19. Para se ter uma ideia do quanto a pandemia impactou este mercado, só no primeiro ano pandêmico, 350 mil eventos foram cancelados e no ano seguinte, em 2021, outros 530 mil deixaram de acontecer.
“Vimos muito rapidamente uma luz no fim do túnel. Fizemos muitos eventos online em diferentes formatos e nos adaptamos à crise. Aprendi a técnica necessária e estabelecemos uma parceria com uma empresa de tecnologia de transmissão. Estudei e me aperfeiçoei para oferecer novos serviços dentro daquele contexto ", disse.
Assista a entrevista na íntegra aqui:
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