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"Democracia liberal não é o único parâmetro para avaliar os países", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

Economista afirma que qualquer análise sobre a Venezuela deve levar em conta as sanções impostas pelo imperialismo

(Foto: Reuters | Brasil247)

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247 – O economista Paulo Nogueira Batista Júnior, em entrevista à TV 247, abordou a complexidade das relações internacionais e a influência das sanções econômicas na situação política da Venezuela. Segundo Nogueira, a análise da democracia na Venezuela e em outros países não pode se restringir aos critérios tradicionais da democracia liberal, uma vez que existem outras dinâmicas importantes em jogo, como as sanções impostas por potências imperialistas.

“A Venezuela está enfrentando o Império”, afirmou o economista, referindo-se às sanções e pressões externas lideradas principalmente pelos Estados Unidos. Ele criticou a hipocrisia de nações que impõem tais sanções enquanto apoiam regimes em países como Arábia Saudita, Israel e Ucrânia, que, segundo ele, também apresentam questionamentos democráticos.

Nogueira também comentou sobre as consequências das sanções, explicando que elas levam a um preço econômico significativo e induzem retrocessos políticos nos países afetados. “Os regimes autocráticos muitas vezes são produto da maneira como Estados Unidos e países europeus se comportam”, acrescentou, indicando que as políticas externas de grandes potências frequentemente resultam na instabilidade política de nações menos poderosas.

Além disso, o economista destacou a importância de entender a situação da Venezuela dentro de um contexto mais amplo de cobiça por seus recursos naturais, especialmente petróleo e gás. Ele defendeu a necessidade de uma análise mais criteriosa e menos influenciada por interesses externos, enfatizando que “é fundamental entender que a Venezuela sofre a cobiça dos Estados Unidos e outras nações imperiais”.

Nogueira criticou ainda a postura de países que exigem democracia enquanto eles próprios enfrentam problemas em seus sistemas eleitorais, como é o caso dos Estados Unidos. “Onde existem eleições realmente confiáveis? Nos Estados Unidos? Francamente”, questionou o economista, chamando atenção para as inconsistências e suspeitas de manipulação no sistema eleitoral americano.

Em suma, Paulo Nogueira Batista Júnior argumenta que a situação da Venezuela deve ser vista através de uma lente mais ampla e crítica, considerando as múltiplas dimensões que influenciam sua realidade política e econômica, além de questionar a validade da democracia liberal como único critério de avaliação. Assista:

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