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    "Haverá uma tensão crescente entre Musk e Trump", diz João Cezar de Castro Rocha

    Professor avalia que disputa de influência e interesses pode gerar conflitos entre Elon Musk e Donald Trump

    (Foto: Reuters | Divulgação )
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    247 - Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o professor, historiador e escritor João Cezar de Castro Rocha analisou a possível relação entre Elon Musk e Donald Trump no segundo governo. Segundo ele, haverá uma "tensão crescente" entre os dois devido a disputas de poder e interesses.

    "Haverá uma tensão crescente entre Donald Trump e Elon Musk", afirmou. Para Castro Rocha, o bilionário Elon Musk tem mais recursos financeiros, mais filhos e mais seguidores nas redes sociais que Trump, o que pode gerar conflitos de ego e poder. "O ego de Trump e de Musk pode não caber no mesmo governo."

    O professor também destacou que a possível divisão interna no governo Trump seria composta por duas alas distintas: "Haverá uma tensão interna entre a ala Steve Bannon e Alex Jones, que representa uma radicalização ideológica, e a ala Elon Musk e Peter Thiel, que busca uma reforma institucional autocrática."

    Ao comentar as recentes bravatas de Trump, como ameaças de expansão territorial para regiões como Groenlândia, Canadá e Canal do Panamá, Castro Rocha apontou que essas declarações refletem uma estratégia política. "Essas bravatas correspondem a um estertor do império americano, que está em evidente decadência."

    Ele ressaltou que o real perigo estaria em uma possível atuação de Musk e Thiel no governo Trump. "O verdadeiro risco é a transformação dos Estados Unidos em uma Hungria continental, com um projeto de engenharia institucional que mine a democracia desde o seu interior."

    Sobre Elon Musk, Castro Rocha disse que seu envolvimento no governo americano poderá ser prejudicial. "A verdadeira missão de Musk é eliminar qualquer burocrata que se oponha a medidas autocráticas, tornando o governo mais autoritário."

    O professor também alertou para as possíveis implicações globais desse cenário. "Em 2026, o ataque às instituições democráticas brasileiras será mais intenso com a atuação direta de Musk e das big techs, agora vinculadas ao governo norte-americano."

    João Cezar de Castro Rocha concluiu que a tensão entre Musk e Trump pode impactar não apenas os Estados Unidos, mas também as democracias ao redor do mundo. "Se a ala Musk-Thiel prevalecer, o risco de autocratização será muito maior." Assista: 

     

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