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    "Impunidade não pacifica, estimula os atentados à democracia", diz Erika Kokay

    Erika Kokay denuncia articulação golpista e alerta para ataques ao Estado Democrático de Direito

    (Foto: ABR | Camara dos Deputados )

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    247 - Em entrevista ao programa Boa Noite 247, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) destacou a gravidade das recentes revelações sobre articulações golpistas no Brasil. Kokay fez um panorama dos ataques ao Estado Democrático de Direito e da escalada de ódio promovida pela extrema direita, enfatizando que "impunidade não pacifica, ela perpetua os crimes contra a democracia". A parlamentar também rejeitou propostas de anistia para envolvidos nos atos antidemocráticos, classificando-as como "um atentado contra a própria Constituição".

    Segundo Kokay, o país enfrenta uma ameaça sem precedentes à sua democracia. "Os fatos que vêm à tona são de uma gravidade imensa. Já tivemos quatro atentados ou tentativas no Distrito Federal: no dia da diplomação, na véspera de Natal, no 8 de janeiro e no 13 de novembro. Tentam dizer que esses atos foram realizados por 'lobos solitários', mas, na verdade, era uma alcatéia atacando as instituições e o Estado Democrático de Direito", afirmou.  

    A deputada chamou atenção para a descoberta de diálogos que revelam a existência de planos articulados para o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. "Isso não pode ser naturalizado ou normalizado", declarou. Kokay ainda relembrou cenas emblemáticas, como os corpos estendidos em frente ao Supremo Tribunal Federal, enquanto parlamentares da extrema direita "faziam exigências absurdas, mostrando o quanto o ódio e a desumanização estavam enraizados".  

    Acampamentos e conspirações  

    Kokay também apontou para a organização de acampamentos em frente a quartéis, que pediam intervenção militar, e para declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria autorizado ações golpistas até o dia 30 de dezembro. "Propostas de anistia, como as que estão sendo discutidas, não são para pacificar o país. Elas são uma expressão de impunidade, e impunidade estimula mais atentados", criticou.  

    A parlamentar alertou para a necessidade de punições exemplares aos envolvidos nos atos golpistas, sob risco de danos irreparáveis ao Estado de Direito. "É inaceitável que haja projetos de anistia que violem princípios fundamentais da Constituição, como a independência dos poderes e os direitos e garantias individuais", disse.  

    "Democracia precisa ser acarinhada"  

    Relembrando os horrores da ditadura militar e a luta de centenas de familiares que ainda buscam justiça, Erika Kokay reforçou a importância de preservar a democracia. "O Estado Democrático de Direito custou muita dor para ser construído. Não podemos permitir que se destrua tudo isso. A democracia precisa ser cuidada, acarinhada, especialmente diante dos açoites que sofreu nos últimos anos", afirmou.  

    A deputada encerrou sua participação destacando a importância de uma mobilização social ampla. "A sociedade inteira precisa entender a dimensão das ameaças que foram construídas nos subterrâneos e nos palácios. É hora de investigarmos profundamente, punirmos os responsáveis e garantirmos que a democracia brasileira, mesmo diante de tantos ataques, sobreviva e se fortaleça", concluiu. Assista:

     

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