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“Israel é um pária internacional e um perigo para a humanidade”, diz Ualid Rabah

Presidente da Fepal criticou a ação limitada do Tribunal Penal Internacional pelo pedido de prisão de Netanyahu e denunciou o governo israelense por genocídio e crimes de guerra

(Foto: Reuters | Divulgação)

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247 - O presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, em entrevista nesta segunda-feira (20) ao Giro das 11 da TV 247, se pronunciou de forma contundente sobre o recente pedido do promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, de um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu por crimes de guerra. Em declarações incisivas, Rabah afirmou que "Israel é um pária internacional e um perigo para a humanidade".

"Todo esse combo visa exterminar a sociedade palestina, logo, o mandado de prisão contra Netanyahu é muito pouco, porque a totalidade do gabinete israelense está implicada nessa matança. Há rabinos que defenderam à luz da Torah essa matança, sobretudo a de crianças e de mulheres que gerariam, segundo eles [israelenses], ‘novos terroristas’ e a destruição do sistema de saúde para que ‘os terroristas’, segundo eles, não sobrevivam", declarou Rabah.

Ele comparou a situação palestina com a Segunda Guerra Mundial, afirmando que, "na Alemanha, foram 5,5% de civis que morreram na Segunda Guerra e, na Palestina, foram 100% civis". Rabah argumenta que, de acordo com o direito internacional, a Palestina, sendo um território ocupado, confere a todos os seus habitantes o status de civis. Portanto, segundo ele, "não há como não encarcerar as elites de Israel".

Rabah destacou que o crime de genocídio está sendo investigado pela Corte Internacional de Justiça e mencionou que a Autoridade Nacional Palestina solicitou ao TPI investigações por crimes de perseguição, apartheid e crimes de guerra, iniciadas há dois anos. "Temos agora este mandado de prisão pelos crimes atuais contra a Palestina. Ou seja, Israel e sua elite estão se tornando um pária muito maior do que o pária que foi se tornado na África do Sul", enfatizou.

O presidente da Fepal fez um apelo à comunidade internacional, comparando a situação com a Alemanha nazista. "Neste momento, é preciso que a comunidade internacional, os pensadores, os intelectuais, os dirigentes (dentre eles os brasileiros), comecem a pensar tal qual a humanidade pensou para a Alemanha nazista, que foi parada pela comunidade internacional tendo pego em armas para parar o grande perigo contra a humanidade. Israel é este mesmo crime contra a humanidade, só que pior ainda, pois a Alemanha não tinha armas nucleares", concluiu.

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