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    "Israel praticou terrorismo de estado contra alvos civis no Líbano", diz Valter Pomar

    Historiador critica ações de Israel no Oriente Médio e alerta para a escalada de violência na região

    (Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh | Brasil247)

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    247 – Em entrevista à TV 247, Valter Pomar, historiador e militante de esquerda, fez duras críticas às ações de Israel no Líbano, acusando o país de praticar terrorismo de estado contra civis. Pomar destacou que os ataques israelenses, que se intensificaram nos últimos meses, estão atingindo diretamente a população libanesa, causando centenas de mortes e agravando a crise humanitária na região. "O Estado de Israel quer ampliar o conflito e transformá-lo em uma guerra regional, e para isso ataca civis deliberadamente", afirmou.

    Segundo Pomar, desde o aumento das tensões no Oriente Médio em outubro do ano passado, Israel tem realizado ataques frequentes no Líbano, na Síria e até no Irã, sob a justificativa de combater o Hezbollah e outros grupos que apoiam o Hamas. No entanto, o historiador destacou que muitas dessas operações têm como alvo infraestruturas civis, transformando a população em vítima direta dos bombardeios. “Atentados terroristas foram cometidos pelo Estado de Israel, que usou explosivos em áreas com civis próximos. Isso é terrorismo de estado, sem outro nome", denunciou Pomar.

    O conflito, que tem raízes profundas nas disputas territoriais e políticas do Oriente Médio, ganhou novos contornos com as recentes ofensivas israelenses. Pomar argumenta que Israel, longe de buscar apenas sua defesa, tem o interesse de expandir o conflito para engajar mais diretamente os Estados Unidos e outros aliados ocidentais na guerra. "O governo de Benjamin Netanyahu, marcado por acusações de corrupção e crimes de guerra, se mantém no poder graças à guerra", explicou. Ele acrescentou que o primeiro-ministro israelense vê no conflito uma maneira de consolidar sua liderança, apesar das críticas internas.

    A situação no Líbano, conforme relatada por Pomar, é desoladora. Mais de 270 pessoas morreram e centenas foram feridas nos bombardeios recentes, incluindo mulheres e crianças. "A população civil está sofrendo, e vai sofrer mais ainda se a violência do Estado de Israel não for detida", alertou o historiador. Ele também criticou a falta de ação por parte dos Estados Unidos, que têm o poder de frear as ações de Israel, mas, segundo Pomar, continuam a apoiar o governo israelense, direta ou indiretamente.

    Pomar classificou a política de Israel como “genocida” e afirmou que o país vive “do sangue e do sangue”. Ele também ressaltou que o governo israelense usa a retórica do "direito de defesa" para justificar suas ações, mas que, na verdade, o objetivo é "ampliar o controle territorial e forçar uma maior intervenção internacional no conflito".

    O cenário descrito por Pomar revela uma escalada contínua de violência no Oriente Médio, com implicações globais. Ele alertou que, se a guerra se expandir, poderá envolver outras potências regionais e até globais, elevando os riscos de um conflito de grandes proporções. Para ele, Israel não atua como uma vítima, mas como um agressor que "busca prolongar a guerra e intensificar os combates".

    A entrevista de Valter Pomar lança luz sobre as consequências devastadoras da escalada do conflito entre Israel e Hezbollah, ressaltando como a população civil no Líbano está sendo usada como "escudo humano" para os interesses geopolíticos de Israel. Ele concluiu com um apelo para que a comunidade internacional, em especial os Estados Unidos, intervenham para cessar a violência e evitar uma catástrofe humanitária ainda maior. Assista: 

     

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