"Mercado faz terrorismo financeiro contra o governo Lula”, diz José Genoino
Ex-presidente do PT afirmou em entrevista que o governo do presidente Lula precisa reavaliar o ajuste fiscal. Assista na TV 247
247 - O ex-presidente nacional do PT José Genoino criticou em entrevista à TV 247 o recente ataque especulativo ao real, afirmando que há uma tentativa de pressionar o governo Lula a adotar medidas fiscais que prejudicariam os mais pobres. O recente ataque especulativo gerou uma breve desvalorização da moeda brasileira, que já foi corrigida.
"Estão especulando com o dólar para encontrar uma justificativa para não baixar os juros e, politicamente, pressionar o governo Lula para tomar medidas fiscais que, em vez de taxarem os mais ricos, prejudicam o direito da população pobre. Teto da saúde, teto da educação, teto da previdência, é disso que se trata. A pressão é muito grande", declarou Genoino.
Ele também destacou a necessidade de reavaliar o ajuste fiscal: "Eu acho que o próprio ajuste fiscal tem que ser reavaliado, principalmente no terreno da meta de inflação. Se olharmos alguns países que têm déficit primário grande, eles não estão em decadência. Então essa história de déficit zero, eu acho que nós criamos uma armadilha para nós mesmos. Temos que rever isso aí através das discussões sobre metas. Isso envolve a relação do Brasil com a moeda estrangeira, no caso, o dólar, que envolve a relação do Brasil com a economia mundial e envolve a questão da soberania nacional".
O ex-presidente do PT ainda acusou o Banco Central de conivência com a especulação, alegando que há um movimento orquestrado com o mercado para enfraquecer o governo. "Hoje a soberania não envolve apenas tiro e invasão, ela envolve a pressão feita e eu acho que estão fazendo terrorismo sobre essa questão do dólar. Por trás dessa especulação, com a conivência do Banco Central, que parece estar torcendo por uma peia no governo Lula, tem um terrorismo em marcha", concluiu Genoino.
O dólar à vista encerrou nesta sexta-feira (5) cotado a 5,4627 reais na venda, em baixa de 0,43%. Com isso, terminou a semana com queda acumulada de 2,29%. Esta é a primeira baixa semanal após seis semanas consecutivas de alta. Em 2024, porém, a divisa ainda acumula elevação de 12,60%. Assista na TV 247:
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