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“Na Venezuela, os Estados Unidos estão agindo como Bolsonaro”, diz Sergio Amadeu

Sérgio Amadeu alerta para a pressão imperialista e a engenharia do caos em meio à crise eleitoral na Venezuela

(Foto: Reuters | Brasil247)

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247 - Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o sociólogo Sérgio Amadeu discutiu a crise política na Venezuela, comparando as ações dos Estados Unidos à conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro. Amadeu destacou que o governo venezuelano possui a capacidade técnica para comprovar a legitimidade do processo eleitoral, mas alertou para o risco de prolongar a apresentação dessas provas. “O governo da Venezuela tem capacidade técnica de provar o que aconteceu. Quanto mais tempo ele demora para fazer isso, mais o discurso de que ele perdeu a eleição e fraudou a eleição vai ficar forte."

Amadeu também comentou sobre o movimento da extrema direita global, descrevendo-o como um grupo que rompeu com a democracia e que promove valores reacionários e violentos. Ele destacou a importância de basear argumentos em fatos para evitar a fragilidade das posições democráticas. "A extrema direita hoje no mundo, nós estamos enfrentando um grupo que rompeu com a democracia e que quer voltar ao passado que nunca existiu, mas se existiu era um passado de violência e valores reacionários. Eu não estou dizendo que a Venezuela não sofreu ataque, estou dizendo que eu não tenho informações, não tenho relatórios, não tenho condição de fazer afirmações."

O sociólogo abordou ainda o impacto das deep fakes na manipulação política, apontando para o risco de que qualquer denúncia legítima seja desacreditada devido à desinformação crescente. “O problema é que tudo passa a ser colocado em cheque. Quando eu pegar uma denúncia efetivamente de um áudio que alguém falou, o cara vai falar isso foi fake.” 

Segundo Amadeu, essa estratégia faz parte da "engenharia do caos" promovida pela extrema direita, que busca suspender os padrões de realidade, criando uma situação onde "só é verdade o que eles querem que seja verdade." Ele relacionou esse cenário à situação na Venezuela, afirmando que, independentemente do resultado eleitoral, os Estados Unidos já estavam determinados a contestar a vitória de Nicolás Maduro. “Os Estados Unidos estão agindo como Bolsonaro antes da eleição, dizendo que já tem fraude.”

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