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    “Não vamos ganhar as eleições com o gabinete do amor, precisamos ter campanhas eleitorais de combate”, diz Pomar

    Historiador comenta desafios do governo nas próximas eleições municipais

    Valter Pomar e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert/PR)

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    247 – Em entrevista ao programa Contramola da TV 247, o historiador e analista político Valter Pomar destacou a necessidade de uma abordagem mais agressiva nas campanhas eleitorais e na comunicação do governo para enfrentar a atual conjuntura política. Segundo Pomar, a manutenção da popularidade do governo e do presidente está aquém do necessário para garantir estabilidade e avanços significativos.

    “A gente, com essa política feijão com arroz, temos conseguido manter o patamar de popularidade do governo e do presidente, mais ou menos no mesmo nível desde março de 2023, isso é insuficiente, a gente precisa dar um salto em termos de popularidade, em termos de apoio e termos de engajamento. As pesquisas indicam que a gente está um pouco abaixo da onde a gente estava em março de 2023, e quando eu olho a situação internacional, eu chego à mesma conclusão, essa política que eu estou chamando de feijão com arroz, ela não dá conta de proteger o país desse ambiente que a gente está vivendo, as duas coisas indicam para nós que a gente precisa ter uma política mais arrojada.”

    Para Pomar, a comunicação é um ponto crucial que precisa ser abordado com maior intensidade pelo governo. Ele observa que a visibilidade do presidente Lula e suas declarações firmes em certos momentos tiveram efeitos positivos, mas que é necessário um esforço mais amplo e consistente.

    “O que é uma política mais arrojada? Em primeiríssimo lugar, não por ordem de importância, mas por ordem da capacidade de fazer, tem a área da comunicação. A gente comentava, o que que aconteceu de positivo para justificar essa melhoria? Teve algum fato objetivo? Não, teve um fato subjetivo: o Lula apareceu mais, falou mais, e disse coisas duras contra a taxa de juros, contra o presidente do Banco Central, contra os inimigos do povo. Isso politiza as pessoas, isso tem efeito. Só que o Lula é uma voz, a gente precisa ter um trombone imenso, que depende de ter meio de comunicação, uma política de comunicação à altura, e nós não temos, já estamos indo para o final do segundo ano de governo, é um desastre isso.”

    Sobre as campanhas eleitorais municipais, Pomar enfatizou que a extrema direita está disposta a politizar fortemente suas campanhas, e que o governo precisa adotar uma postura combativa para contrapor essa estratégia e mostrar os riscos que o país enfrenta.

    “Segundo ponto: a gente precisa ter uma campanha eleitoral dos municípios que seja muito politizada, a extrema direita vai fazer isso. Essa ideia de que a gente vai ganhar as eleições com o gabinete do amor não emplaca, sinceramente, a gente precisa ter campanhas eleitorais de combate, que mostrem para as pessoas o risco que o país está correndo. Não dá para só fazer discurso positivo. Precisa ter campanhas eleitorais com muito engajamento político e com muita politização. Precisa que o governo tome partido em questões essenciais.” Assista:

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