“Nós não podemos deixar de enfrentar o rentismo: quanto mais se cede, mais eles querem”, diz José Genoino
Ex-presidente do PT defende postura incisiva do governo Lula diante da pressão do mercado financeiro
247 - Em entrevista ao programa Bom Dia 247, o ex-presidente nacional do PT José Genoino afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa adotar uma postura mais firme contra o mercado financeiro, alinhando-se às recentes declarações da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Durante a entrevista, Genoino comentou o cenário de rejeição ao governo no mercado financeiro, revelado por uma pesquisa da Genial/Quaest, e defendeu uma mudança na condução econômica:
“O caminho está ficando claro. O presidente Lula e o seu governo, de maneira clara e confiante, inclusive se apoiando na declaração da Simone Tebet, que nós não podemos ter ilusão no rentismo. Nós não podemos deixar de enfrentá-lo, porque eles querem tudo e, quanto mais você cede, mais eles querem. Portanto, eu acho que tem que haver uma reorientação, tem que haver uma postura mais incisiva da equipe econômica para que se enfrente essa questão.”
Genoino também expressou discordância em relação a algumas políticas econômicas do governo, como o ajuste fiscal, o abono salarial e o reajuste do salário mínimo. Segundo ele, a estabilidade econômica deve ser acompanhada por uma revisão nas condições salariais.
“Eu tenho minhas divergências em relação ao ajuste fiscal, em relação ao abono salarial e ao salário mínimo. A estabilidade econômica tem que ser acompanhada por uma estabilidade salarial.”
A entrevista de Genoino ocorre em um momento de crescente pressão do mercado financeiro sobre o governo. A pesquisa da Genial/Quaest mostrou um salto na rejeição ao governo entre economistas e gestores financeiros, de 64% em março para 90% em novembro, mesmo com os recentes dados positivos do PIB brasileiro, que cresceu 0,9% no terceiro trimestre e acumulou 3,3% de alta no ano.
Simone Tebet, durante evento em Mato Grosso do Sul, também criticou a postura do mercado financeiro e afirmou que essa rejeição “não é imparcialidade, mas jogar contra o Brasil”. As declarações de Tebet e Genoino reforçam o debate sobre o enfrentamento ao rentismo e as prioridades econômicas do governo Lula. Assista:
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