"O Brasil precisa de uma reforma estrutural para salvar a democracia", diz Genoino
José Genoino alerta para continuidade de planos golpistas e critica omissões das instituições democráticas
247 - O ex-presidente nacional do PT, José Genoino, trouxe reflexões contundentes sobre as recentes revelações envolvendo um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o esquema teria sido arquitetado por militares e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Genoino foi enfático ao afirmar que o país vive um “golpe continuado”, com raízes na destituição de Dilma Rousseff em 2016 e que culminou na tentativa golpista do 8 de janeiro. “O que estamos vendo é uma articulação sistemática que começa no topo e tem respaldo em setores do agronegócio, do rentismo e da alta burocracia estatal”, declarou.
Investigações e omissões
As investigações da Polícia Federal apontam que o plano golpista foi discutido e documentado no Palácio do Planalto. Entre os envolvidos estão o general Mário Fernandes e outros nomes de alta patente. Apesar das prisões, Genoino alertou que o “andar de cima”, onde as ações foram planejadas, continua impune. “Se os chefes não forem punidos com o mesmo rigor que os vândalos de 8 de janeiro, o sistema de Justiça estará comprometido”, disse.
Crítica às instituições
Genoino também criticou a atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal, cobrando mais agilidade nas investigações. “As instituições estão frouxas. A inteligência precisa ser reformada, e a democracia, fortalecida. Não é hora de virar a página ou conciliar com golpistas.”
Sem anistia
Relembrando o grito de "sem anistia" entoado no dia 1º de janeiro de 2023, Genoino reafirmou que a impunidade do passado não pode se repetir. “Esse país precisa ser passado a limpo. Reformar as instituições não é uma opção, é uma necessidade urgente”, finalizou. Assista:
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