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    “O que acontece na Venezuela segue uma receita de bolo do imperialismo para derrubar democracias pelo mundo”, diz Denise Assis

    Jornalista denuncia EUA por desacreditar vitória de Maduro e ressalta a importância da autonomia da A. Latina: “tremem de medo da Venezuela e dos BRICS”

    (Foto: Divulgação | Reuters )

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    247 - Em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, a jornalista Denise Assis abordou a situação política na Venezuela, destacando as tentativas dos Estados Unidos de desacreditar a vitória eleitoral de Nicolás Maduro. Segundo Assis, "o que está acontecendo na Venezuela segue uma receita de bolo do imperialismo para derrubar democracias pelo mundo".

    Assis argumenta que a fundação dos BRICS intensificou a postura agressiva dos EUA em relação à América Latina, região que sempre buscaram subjugar para explorar suas riquezas naturais. "Desde que se fundou os BRICS, os EUA se arrepiaram muito mais do que já tinham arrepios com a América Latina, que eles sempre quiseram subjugar para roubar suas riquezas naturais, como o petróleo da Venezuela, por exemplo. Eles também quiseram roubar o pré-sal do Brasil - e por isso o golpe contra a Dilma - e o lítio da Bolívia. Eles [os EUA] querem tudo", afirmou.

    A jornalista destacou ainda a aliança pragmática de Maduro com Rússia e China, o que intensificou a hostilidade dos EUA. "Quando eles veem Maduro, pragmaticamente, aceitando ajuda da Rússia e da China, aí não é só arrepio, eles tremem de medo. Depois da guerra na Ucrânia, os EUA precisaram reabrir o diálogo com a Venezuela, e Maduro, pragmaticamente, se colocou disposto a conversar", disse Assis.

    Maduro e a luta contra o fascismo

    Denise Assis defendeu que Maduro não pode ser rotulado simplesmente como líder de esquerda ou direita, mas como alguém que busca resgatar seu país. "Não se pode dizer que Maduro é de esquerda ou de direita, ele é um líder do seu povo, que buscou resgatar o próprio país", pontuou.

    Ela traçou um paralelo com a situação brasileira, destacando o esforço para barrar o fascismo e o ataque à democracia em 2022. "Aqui no Brasil, por exemplo, nós estamos reconstruindo um país craquelado, no osso, deixado por uma política fascista e de ultradireita. Fizemos o maior esforço para barrar o fascismo e o ataque à democracia em 2022", comparou.

    Sobre a oposição venezuelana, Assis criticou duramente Mariá Corina, que, segundo ela, é inelegível por ter cometido crimes contra a pátria. "Maduro fez o que pôde para impedir o avanço do fascismo com a Mariá Corina e a Carta de Madrid, assinada por ela, a representante da extrema direita na Venezuela. Corina é tão inelegível quanto Bolsonaro no Brasil por ter cometido o crime de lesa pátria. Uma pessoa que comete o crime de lesa pátria deve ser condenada e ter seus direitos políticos cassados. Que fique claro, Corina não pôde concorrer à presidência porque está cassada", enfatizou.

    Autonomia da América do Sul em jogo

    Denise Assis alertou sobre a ameaça à autonomia da América do Sul e destacou a importância de um projeto de progresso e independência para a região. "No momento, o que está em risco e em jogo é a autonomia da América do Sul. Chega de imediatismo como fizeram com a Dilma em 2016 - o que está acontecendo é um projeto. Estamos construindo um mundo multipolar, um Sul Global que está se organizando a partir de países pequenos que estão se unindo para uma nova política para o mundo. Uma mudança de paradigma, uma mudança de poder", analisou.

    Ela concluiu afirmando a necessidade de pensar no futuro da América Latina. "Temos que pensar no projeto de progresso e independência da América Latina", finalizou Denise Assis, destacando a importância de uma visão unificada e progressista para a região.

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