"Produzam mais! Vamos continuar gerando emprego e ampliando a renda do trabalho", diz Luiz Marinho
Ministro do Trabalho manda recado direto ao empresariado: investir é essencial para acompanhar a expansão do mercado de consumo
247 – Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez um balanço otimista sobre a geração de empregos no Brasil e criticou as previsões pessimistas do mercado financeiro. Com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em mãos, Marinho destacou que o país gerou 137.303 empregos formais apenas em janeiro de 2024, superando as expectativas iniciais. "O mercado ficou nervoso quando eu disse que seriam mais de 100 mil empregos. E vieram 137 mil. Qual a realidade que esses senhores vivem?", questionou.
O ministro ressaltou que o governo federal está empenhado em ampliar a geração de empregos e a renda do trabalho, com foco na retomada da indústria e no fortalecimento do mercado interno. "Nós vamos continuar gerando empregos e ampliando a massa salarial. Portanto, produzam mais, porque teremos crescimento", afirmou Marinho, direcionando sua mensagem ao setor empresarial. Ele lembrou que, em 2023, o Brasil criou 1,5 milhão de empregos formais, um número que reflete a recuperação econômica após anos de estagnação. Em 2024, foram mais de 2 milhões de empregos.
Recuperação da indústria e críticas ao mercado financeiro
Um dos pontos altos da entrevista foi a análise sobre a retomada da indústria brasileira, setor que, segundo Marinho, teve um desempenho expressivo no início de 2024. "Dos 137.303 empregos criados em janeiro, 70.428 foram na indústria, sem contar a construção civil, que gerou mais 38 mil", destacou. Ele atribuiu esse resultado às políticas coordenadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e lideradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que buscam reindustrializar o país e criar empregos de qualidade.
Marinho também criticou as previsões conservadoras do mercado financeiro, que subestimaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. "Disseram que o PIB cresceria no máximo 0,7%, mas crescemos 3,2%. Para 2024, falavam em 0,7% e já estamos projetando 3,8%", afirmou. O ministro defendeu que o combate à inflação deve ser feito por meio do aumento da produção e da oferta, e não apenas com elevação da taxa de juros. "Inflação se combate com mais produção, com mais emprego. Não podemos aceitar essa visão de restringir crédito e aumentar juros como única solução", argumentou.
Indústria naval e a importância da reindustrialização
Durante a entrevista, Marinho relembrou a trajetória da indústria naval brasileira, que foi revitalizada durante os governos petistas e sofreu desmontes nos anos seguintes. "Quando o presidente Lula assumiu pela primeira vez, em 2003, a indústria naval era só cemitérios de estaleiros. Foi destruída naquela irresponsabilidade do governo que queria privatizar a Petrobras", disse. Ele destacou que, em 2014, o setor chegou a empregar quase 100 mil trabalhadores, mas foi drasticamente afetado após o golpe contra Dilma Rousseff, com a venda de ativos estratégicos da Petrobras.
O ministro enfatizou a importância da reindustrialização para o desenvolvimento econômico do país, especialmente na geração de empregos de qualidade. "A indústria e a construção civil são fundamentais para criar oportunidades e movimentar a economia", afirmou. Ele também defendeu a redução da jornada de trabalho no Brasil, criticando a escala 6x1 como "cruel" e sugerindo que uma jornada de 40 horas semanais é plenamente viável. "Há muito tempo que eu falo que a sociedade brasileira suporta uma jornada menor", completou.
Mensagem final: otimismo e desafios
Ao final da entrevista, Luiz Marinho reforçou a necessidade de o país continuar investindo em políticas que promovam o crescimento econômico com geração de empregos e distribuição de renda. "O governo está lutando muito para gerar empregos. Vamos continuar nesse caminho, ampliando oportunidades e fortalecendo a indústria", afirmou. Ele também mandou um recado direto ao empresariado: "Produzam mais, não tenham medo de investir. O mercado de consumo vai se expandir, e o Brasil tem tudo para crescer".
A fala do ministro reflete a visão do governo Lula de que o desenvolvimento econômico deve estar aliado à valorização do trabalho e à ampliação da capacidade produtiva nacional. O desafio, segundo Marinho, é garantir que o país continue avançando, enfrentando as resistências de setores que ainda apostam contra o crescimento da economia real. Assista:
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