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    Ricardo Favilla aborda suicídio em novo filme “Alarme Silencioso”

    Cineasta destaca a importância de dar voz a sobreviventes e estimular novos caminhos para jovens em situação de risco

    Cena do filme alarme silencioso (Foto: Divulgação)
    Dafne Ashton avatar
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    247 - O cineasta Ricardo Favilla participou do programa "Denise Assis Convida", da TV 247, para falar sobre seu recente trabalho cinematográfico, Alarme Silencioso, um filme que explora o tema do suicídio. A escolha do tema, ainda visto como tabu, levou Favilla a construir um roteiro que coloca os jovens frente a uma situação delicada: durante um ensaio de peça teatral, eles recebem de volta uma amiga que havia tentado tirar a própria vida e, com isso, enfrentam o desafio de como lidar com ela. Questões como "Falar ou não falar?" e "Perguntar ou não perguntar?" surgem entre os jovens, refletindo as dúvidas e incertezas que cercam o assunto.

    Favilla explicou que seu propósito foi abrir um espaço de escuta e acolhimento para aqueles que sobreviveram, amigos e familiares, permitindo que compartilhem suas experiências. "Minha ideia foi dar voz aos que tentaram, aos amigos e parentes dos que sobreviveram ou não, para falarem sobre o tema, serem ouvidos, acolhidos e incentivados a ressignificar suas existências, propondo saídas a jovens em situação de ideação suicida”, afirmou.

    O diretor enfatizou que um dos objetivos de Alarme Silencioso é contribuir para a recuperação da autoestima e da esperança, oferecendo aos jovens perspectivas alternativas e caminhos possíveis em momentos críticos.

    No Brasil, aproximadamente 288 mil pessoas sobrevivem a tentativas de suicídio a cada ano, sendo muitos deles jovens. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca o suicídio como uma das principais causas de morte no mundo. O Brasil ocupa a oitava posição no ranking global.

    Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 mostram que, em 2022, foram registrados 16.262 suicídios no país, um aumento de 11,8% em comparação a 2021. O estudo aponta que todas as regiões brasileiras tiveram crescimento nas taxas, especialmente no Sul e Centro-Oeste. Os índices são mais altos entre homens e idosos, mas o aumento entre adolescentes é uma preocupação crescente.

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