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"Um mundo cansado do bloqueio a Cuba, é um mundo que busca justiça", Lejeune Mirhan

Sociólogo analisa a resolução da ONU

(Foto: Divulgação | UN)

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247 - Em uma votação histórica e expressiva, a Assembleia Geral da ONU aprovou, na quarta-feira (30), a resolução que exige, pelo trigésimo segundo ano consecutivo, o fim do bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de seis décadas. O tema, amplamente debatido na TV 247 no programa "O Mundo como Ele É", com a presença do sociólogo e professor Lejeune Mirhan e do jornalista José Reinaldo Carvalho, destacou o impacto devastador das sanções sobre a população cubana e o crescente isolamento da política norte-americana. "Um mundo cansado do bloqueio a Cuba, é um mundo que busca justiça", afirmou Mirhan, refletindo o sentimento de frustração de dezenas de países com a postura dos EUA.

A resolução, aprovada com 187 votos a favor, 2 contra (Estados Unidos e Israel) e uma abstenção (Moldávia), reforça a posição da comunidade internacional contra as medidas coercitivas unilaterais que violam os princípios da Carta das Nações Unidas e o direito internacional, especialmente em relação à liberdade de comércio e navegação. Durante o debate, os diplomatas e representantes de organizações internacionais enfatizaram o caráter obsoleto do embargo e os impactos humanos e econômicos que ele causa, agravando a crise sanitária e a pobreza na ilha.

A Sputnik informou que o relatório da Secretaria-Geral da ONU, apresentado junto à votação, reuniu contribuições de 180 países e cerca de trinta organismos vinculados ao fórum. O documento expõe as consequências devastadoras do embargo, afetando severamente setores como saúde, educação e infraestrutura, além de restringir o acesso a alimentos, medicamentos e insumos básicos. "O embargo não prejudica apenas o governo cubano; ele castiga o povo cubano e priva os mais necessitados", destacou José Reinaldo Carvalho, ressaltando que o bloqueio tem impacto direto na qualidade de vida da população.

Apesar dos apelos globais, Washington ainda argumenta que as sanções são uma ferramenta de pressão sobre o governo cubano em questões de direitos humanos. Contudo, o crescente apoio da comunidade internacional ao fim do embargo levanta questões sobre a eficácia e a ética dessa política, apontada por muitos especialistas como punitiva e retrógrada. Para Lejeune Mirhan, "a insistência no bloqueio revela mais uma atitude imperialista do que uma real preocupação com os direitos humanos".

Na América Latina e na África, o posicionamento unânime contra o embargo reforça laços de solidariedade com o povo cubano, visto por muitos como um símbolo de resistência frente à hegemonia econômica dos Estados Unidos. A votação da ONU representa, para esses países, uma defesa do direito de cada nação ao desenvolvimento e à soberania, independente de alianças políticas e econômicas.

A postura dos EUA e de Israel, os únicos a votar contra a resolução, revela o isolamento dessa política frente ao avanço de um mundo multipolar e de vozes que clamam por justiça e dignidade para o povo cubano.

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