Jogadores de futebol na Espanha adotam "Contrato Sexual" para evitar acusações e justificar "violação acidental"
Denúncia foi feita por Miguel Galán, presidente do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Futebol da Espanha. Caso Rafa Mir reacendeu o debate
247 - O presidente do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Futebol (Cenafe), Miguel Galán, levantou uma grave acusação sobre a conduta de jogadores de futebol na Espanha, afirmando que muitos estariam recorrendo a um "contrato sexual" para evitar denúncias de agressão sexual, relata o jornal O Globo. A prática é vista como uma tentativa de se proteger contra acusações criminais mas, segundo especialistas, não têm validade em tribunais.
O suposto contrato inclui uma série de condições, como o que é permitido durante a relação, a duração do ato, métodos contraceptivos utilizados e, o ponto mais controverso, a inclusão de uma cláusula sobre “violação acidental”. De acordo com Galán, os jogadores têm receio de serem enganados por falsas denúncias de agressão sexual. Até o momento, não há registros de que tal documento tenha sido efetivamente usado.
A discussão sobre as condutas dos jogadores ganhou ainda mais destaque após a prisão do atacante Rafa Mir, do Valencia, acusado de agressão sexual contra duas mulheres. O jogador, de 27 anos, foi detido na semana passada e, em nota divulgada em suas redes sociais, afirmou ser inocente e declarou confiar plenamente na Justiça espanhola.
De acordo com informações obtidas pelo jornalista Jorge García Abadía, as supostas agressões ocorreram na piscina da casa de Mir, em um episódio descrito como uma “noite tumultuada”. Um vizinho relatou ter ouvido "ruídos estranhos" e avistado duas jovens "seminuas e desorientadas" na propriedade do jogador, o que o levou a chamar as autoridades.
Segundo o jornalista, a Polícia Local foi acionada e inicialmente tratou o caso como uma briga envolvendo um amigo de Mir e uma das vítimas, sem menção explícita a agressões sexuais. As mulheres, porém, buscaram atendimento médico e posteriormente formalizaram uma queixa contra o jogador. A defesa de Mir alega que as jovens estiveram na residência por vontade própria e que as relações foram consensuais.
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