Mestre em Políticas Públicas, Raí quer transformar o Brasil com esporte: 'é a base da democracia'
Ex-craque já visitou municípios na Bahia e no Maranhão em busca do local ideal para implementar seu projeto de mestrado
247 - O ex-futebolista brasileiro Raí está determinado a utilizar o esporte como ferramenta de transformação social no Brasil. Após retornar a Paris, ele obteve o diploma de mestre em Políticas Públicas pela prestigiada Universidade Sciences Po. Agora, ele pretende aplicar um projeto inovador de integração entre arte, esporte e educação em uma pequena cidade do Nordeste brasileiro, para servir como modelo de democratização do esporte.
“Quero fazer o projeto em uma cidade que tem essa vocação, não quero impor nada”, disse Raí ao Estadão. Ele já visitou municípios na Bahia e no Maranhão em busca do local ideal para implementar sua iniciativa. “Provo na minha dissertação que essas atividades lúdicas têm impacto muito grande no desenvolvimento humano, educacional, cognitivo e de integração. São atividades hoje, num mundo tão dividido, que quebram as diferenças e juntam as pessoas. Tem tudo isso dentro do projeto, que visa radicalizar a integração e universalizar o acesso a esse tipo de política pública. Essas atividades têm que ser um direito humano”.
Raí é uma figura muito respeitada na França, onde jogou pelo Paris Saint-Germain e recentemente carregou a tocha olímpica dos Jogos de Paris. Ele foi convidado pelo Comitê Olímpico Internacional para participar desse evento emblemático, sendo disputado pelas cidades de Paris e de Versailles para carregar a tocha em suas ruas. Raí optou por Versailles, com quem já tinha um compromisso anterior. “Carregar a tocha olímpica na França tem um gosto especial”, declarou o ex-craque.
Além de seu envolvimento com o esporte e a educação, Raí também se destacou como uma voz ativa contra a extrema direita. No início de julho, ele discursou em uma manifestação em Paris, sendo aplaudido pela multidão. “Viva a França, viva a República, viva a democracia”, disse Raí em francês. “Conheço bem a extrema direita. O que eles fazem de melhor é mentir. Eu os conhecia no poder. A extrema direita é o fim do mundo, é o fim dos direitos humanos, da humanidade”.
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