New York Times aponta grande futuro em João Fonseca, a promessa do tênis brasileiro
Aos 18 anos, o jovem carioca já brilha nos principais torneios internacionais
247 – João Fonseca está emergindo como uma das maiores promessas do tênis brasileiro, conforme foi destacado pelo renomado jornalista Matthew Futterman no New York Times. O jovem de 18 anos, natural do Rio de Janeiro, tem demonstrado um talento excepcional nas quadras, equilibrando conquistas impressionantes com a vivência dos desafios típicos da juventude longe de casa.
Fonseca se tornou o mais jovem atleta a disputar o ATP Next Gen Finals em Jeddah, na Arábia Saudita, um torneio que reúne os melhores tenistas masculinos com até 20 anos. Com 1,85m de altura, ele está na faixa ideal observada nos grandes campeonatos dos últimos anos e já impressiona com um saque que ultrapassa os 225 km/h. Admirador de Roger Federer, Fonseca assinou contrato com a marca suíça On aos 16 anos, empresa na qual Federer possui uma participação significativa. Este acordo não apenas garantiu suporte financeiro para suas viagens com fisioterapeuta em tempo integral, mas também proporcionou oportunidades de treinar com outros atletas patrocinados, como o norte-americano Ben Shelton, de 22 anos.
“Eles disseram que seriam eu, a Iga (Swiatek) e o Ben Shelton”, lembra Fonseca, sorrindo ao relembrar a oferta. “Claro que eu disse sim.”
Desde cedo, Fonseca demonstrou habilidades notáveis no tênis. Ele foi o primeiro brasileiro a liderar o ranking juvenil, conquistou o título de simples juvenil do US Open em 2023 e, no ATP 500 do Rio, derrotou o francês Arthur Fils por 6-0 e 6-4. No Next Gen Finals deste ano, ele voltou a vencer Fils em uma partida acirrada, garantindo o título com um cheque de mais de 500 mil dólares. Com isso, Fonseca entrou para a história como o campeão de menor ranking no torneio, alinhando-se a nomes como Jannik Sinner e Carlos Alcaraz como os mais jovens vencedores.
Apesar das vitórias, a jornada de Fonseca ainda está em seus estágios iniciais. Comparações com o atual número 1 do mundo, Jannik Sinner, são frequentes devido à potência de seu saque e à habilidade de se adaptar rapidamente durante as partidas. Seu treinador, Guilherme Teixeira, que trabalha com ele desde os 11 anos, destaca sua capacidade de manter a calma sob pressão e de se ajustar às diferentes situações de jogo:
“Ele consegue jogar seu melhor sob grande pressão e se adapta muito bem a situações diferentes.”
A mãe de Fonseca, Roberta, também reforça o perfil resiliente do jovem atleta. Ela relata que, desde criança, ele sempre demonstrou uma forte determinação e uma habilidade única de se recuperar após perdas, uma característica essencial para quem almeja o sucesso no tênis profissional.
A rotina de Fonseca, agora como profissional, é intensa e disciplinada. Combinando treinos físicos, sessões de fisioterapia e estratégias de jogo, ele está focado em aprimorar sua movimentação em quadra e em diversificar seu jogo para se destacar em todas as superfícies, com o sonho de brilhar em Wimbledon.
“Eu amo Wimbledon. Quero ser como o Sinner ou o (Novak) Djokovic. Esses caras que jogam bem em qualquer superfície.”
Apesar de toda a dedicação, Fonseca ainda enfrenta os desafios típicos de um adolescente longe de casa. Ele admite que só consegue suportar cerca de um mês longe de sua família e amigos antes de sentir saudades, o que o leva a equilibrar sua agenda de torneios com períodos de descanso em casa.
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