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      Morte repentina de brasileira na Bélgica vira mistério para família, que acusa autoridades de omissão

      Amigos e familiares relatam que Natália estava animada com a promoção e planejava se mudar para Bruxelas

      Natália Martineli Suzuki (Foto: Reprodução)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - A misteriosa morte de Natália Martineli Suzuki, 31 anos, encontrada sem vida em sua casa na Bélgica em outubro do ano passado, segue cercada de suspeitas e incertezas, enquanto familiares buscam por respostas. De acordo com informações publicadas pelo portal Metrópoles, a brasileira, que trabalhava como especialista em Tecnologia da Informação e havia acabado de ser promovida a um cargo de chefia em uma multinacional, foi encontrada com um lençol ao redor do pescoço. As circunstâncias de sua morte levantaram suspeitas sobre o marido, um cidadão francês descrito como controlador e abusivo.

      Amigos e familiares relatam que Natália estava animada com a promoção e planejava se mudar para Bruxelas, o que gerou desentendimentos com o marido, que desejava permanecer no pequeno município belga de Messancy. No dia de sua morte, a brasileira compartilhou mensagens otimistas com pessoas próximas, mas foi encontrada morta horas depois pelo companheiro. Apesar de sinais contraditórios, como a ausência de vestígios de drogas, álcool ou medicamentos no sangue, e a inexistência de uma carta de despedida, o marido afirmou categoricamente que se tratava de suicídio.

      Atitudes suspeitas e omissões das autoridades

      A conduta do marido após a morte de Natália aumentou as dúvidas. Ele tentou realizar a cremação do corpo na Bélgica no dia seguinte à tragédia e chegou a pedir 20 mil euros aos pais da vítima, que recusaram. Pouco depois, questionou se Natália possuía seguro de vida no valor de 50 mil euros. Além disso, no velório da brasileira, seu comportamento foi descrito como indiferente, chegando a rir em meio ao discurso de despedida. Fotos enviadas aos familiares mostraram o nariz de Natália desfigurado, reforçando a possibilidade de violência.

      A investigação policial apresentou falhas graves. Não foi realizada autópsia no corpo da brasileira até que familiares pressionaram as autoridades, dias após o ocorrido. Além disso, pertences importantes, como o celular e o notebook de Natália, não foram periciados, e o lençol encontrado ao redor de seu pescoço permanece sob posse do marido. As autoridades belgas emitiram duas certidões de óbito conflitantes: uma sem causa definida e outra apontando "morte natural".

      A família também criticou a falta de verificação das câmeras de segurança da região, o que poderia esclarecer se a vítima estava sozinha no momento da morte. Antes de falecer, Natália trabalhou normalmente de casa, fez planos com amigos e mostrou entusiasmo quanto ao futuro.

      "Tiraram meus direitos e abandonaram minha filha"

      Priscila Martinelli, mãe de Natália, desabafou sobre a perda e as dúvidas que cercam o caso. “Sempre foi sorridente e fazia tudo por quem amava, amigos e familiares, incluindo seus dois pets, Bob e Tony, dois vira-latas que Natália decidiu adotar já na Bélgica”, disse. Para Priscila, é inconcebível acreditar que a filha tenha tirado a própria vida. “A realização do sonho de trabalhar na Europa da minha filha tornou-se um pesadelo e uma dor imensa para mim, quando a recebo de volta sem vida e com uma certidão de óbito sem causa da morte informada. Eu e minha filha fomos privadas de nossos direitos e literalmente abandonadas”, lamentou.

      O caso de Natália Martineli Suzuki escancara não apenas as lacunas nas investigações de mortes de brasileiros no exterior, mas também a negligência de instituições locais em casos que podem envolver violência doméstica e feminicídio. A família segue em busca de justiça, enquanto a dor e a incerteza permanecem.

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