MPRJ denuncia mulher por levar tio morto a banco em tentativa de fraude
Além disso, a polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar Érika Souza Vieira Nunes por homicídio culposo
247 - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou uma denúncia contra Érika Souza Vieira Nunes. Ela é acusada de tentar utilizar o corpo já falecido de seu tio, Paulo Roberto Braga, para assinar um empréstimo, configurando crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio a cadáver. A informação é do SBT News.
"A DENUNCIADA, consciente e voluntariamente, vilipendiou o cadáver de Paulo Roberto Braga, seu tio e de quem era cuidadora, ao levá-lo à referida agência bancária e lá ter permanecido, mesmo após a sua morte, para fins de realizar o saque da ordem de pagamento supramencionada, demonstrando, assim, total desprezo e desrespeito para com o mesmo", diz um trecho do documento.
Além disso, a polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar por homicídio culposo - quando alguém contribui para a morte, porém, sem a intenção de matar - a mulher.
Relembre o caso - Érika levou o tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, a um ponto de atendimento em uma cadeira de rodas, e tentou fazer com que um documento autorizando o financiamento fosse assinado. Funcionários desconfiaram do estado de saúde do idoso, e equipes de socorro de emergência confirmaram a morte. A mulher foi presa em flagrante.
O caso ganhou repercussão após a divulgação nas redes sociais de imagens de Érika e do tio dentro do banco. Inicialmente, o episódio era apurado como vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude, mas a investigação foi desmembrada pela delegacia de Bangu, na zona oeste. O delegado Fabio Souza entendeu que, como cuidadora do idoso, a sobrinha, ao ver que ele não estava bem, deveria ter levado o tio ao hospital e não seguido para o banco.
A polícia já obteve acesso às imagens do trajeto até a chegada a agência bancária, além de ter ouvido o motorista que transportou os dois.
A defesa de Érika espera ainda por uma apreciação da Justiça sobre um pedido de conversão da prisão para domiciliar e para que a cliente responda ao processo em liberdade. Um dos motivos é que Érika tem uma filha de 14 anos com deficiência.
A defesa tem argumentado também que Érika sofre de depressão e não teria percebido que o tio teria morrido no trajeto para o banco. (Com informações da Agência Brasil).
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