Silvio Almeida estaria magoado com ex-colegas do governo
Desde que as denúncias vieram à tona, Silvio Almeida nega as acusações e se declara inocente
247 - Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, foi demitido em setembro após denúncias de importunação e assédio sexual, como revelado pelo Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado. Desde então, Almeida tem expressado a aliados sua mágoa com a falta de apoio de colegas do governo Lula, muitos dos quais considerava amigos. Ele relata que, desde que as acusações se tornaram públicas, a maioria dos antigos aliados não entrou em contato.
Segundo pessoas próximas, Almeida se sente isolado e abalado emocionalmente após a demissão. Atualmente, ele está recluso em uma cidade do interior de São Paulo, buscando se afastar do escrutínio público. Após sua saída do ministério, ele chegou a passar alguns dias em um terreiro de candomblé, como noticiado anteriormente.
As acusações contra Silvio Almeida surgiram em maio de 2023, quando a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou a colegas do governo um episódio de importunação sexual ocorrido durante uma reunião oficial sobre combate ao racismo. Segundo Anielle, Almeida teria tocado suas pernas por baixo da mesa durante o encontro, que contou com a presença do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Desde que as denúncias vieram à tona, Silvio Almeida nega as acusações e se declara inocente. No entanto, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de demiti-lo foi rápida e enfática, deixando claro o posicionamento do governo em relação a casos de assédio.
A demissão, no entanto, trouxe à tona a solidão e o sentimento de abandono que Almeida tem expressado. Para ele, a reação dos antigos colegas foi de indiferença. "Ele sente que foi deixado para trás, ignorado por pessoas que ele ajudou e com quem compartilhou ideais e projetos," revelou um aliado próximo. A falta de apoio de colegas próximos e o distanciamento de membros do governo Lula têm sido motivo de frustração para o ex-ministro, que esperava, ao menos, solidariedade diante do momento delicado que enfrenta.
Ainda que abalado, Silvio Almeida segue defendendo sua inocência e criticando a forma como o caso foi tratado publicamente. Em entrevistas, ele tem evitado aparições, preferindo manter um perfil discreto enquanto tenta lidar com as consequências da crise que o afastou do cargo.
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