Taxa de acidentes aéreos no mundo aumenta em 2024, aponta relatório da IATA
Estudo anual da Associação Internacional de Transportes Aéreos mostra sete acidentes fatais e 244 mortes, com destaque para incidentes em zonas de conflito
247 - A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) divulgou, nesta quarta-feira (26), o Relatório Anual de Segurança de 2024, que aponta um aumento na taxa de acidentes aéreos no mundo em comparação com o ano anterior. Apesar de o setor manter um desempenho sólido em relação à média dos últimos cinco anos, os dados mostram um retrocesso em relação a 2023. A taxa total de acidentes foi de 1,3 por milhão de voos (um acidente a cada 880.000 voos), superior à média de cinco anos (1,25) e à taxa de 1,09 registrada em 2023.
Foram registrados sete acidentes fatais em 2024, dentro de um total de 40,6 milhões de voos, número acima do único caso registrado em 2023 e da média de cinco anos, que é de cinco acidentes fatais. O número de fatalidades a bordo chegou a 244, em comparação com as 72 em 2023 e a média de cinco anos de 144. O risco de fatalidade, no entanto, permaneceu em 0,06, abaixo da média de cinco anos (0,10), mas o dobro do registrado em 2023 (0,03).
Willie Walsh, Diretor-Geral da IATA, em entrevista à Aero Magazine, destacou que, apesar dos recentes acidentes de grande repercussão, a aviação continua sendo um dos meios de transporte mais seguros. "Mesmo com os recentes acidentes de grande repercussão na aviação, é importante lembrar que acidentes são extremamente raros. Em 2024, ocorreram 40,6 milhões de voos e sete acidentes fatais. Além disso, a história de longo prazo da segurança na aviação é de melhoria contínua", afirmou Walsh.
O relatório destacou dois incidentes graves ocorridos em zonas de conflito: a derrubada de aeronaves no Cazaquistão e no Sudão, que resultaram em mais de quarenta mortes. A IATA reforçou a necessidade de medidas preventivas para evitar tragédias semelhantes. Além disso, os incidentes mais comuns em 2024 foram impactos com a cauda da aeronave (tail strikes) e saídas de pista (runway excursions), o que ressalta a importância de reforçar a segurança nas operações de pousos e decolagens.
A entidade reiterou que, apesar do aumento nos números de 2024, a aviação continua evoluindo em termos de segurança, com investimentos em tecnologia e treinamento para reduzir ainda mais os riscos de acidentes.
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