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    BNDES anuncia captação de R$ 26 bilhões com acordos internacionais e doações ao Fundo Amazônia

    Cerca de R$ 8 bilhões são em operações para disponibilização imediata dos recursos e o restante para futuras operações de empréstimo e investimento

    Aloizio Mercadante, BNDES e a Amazônia (Foto: ABR)

    Agência BNDES - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou, durante a realização do G20 e a visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, acordos internacionais que representaram a captação externa de R$ 25,3 bilhões para financiar investimentos no Brasil. E recebeu mais R$ 347 milhões em doações da Noruega e o compromisso de outros R$ 289 milhões dos EUA para o Fundo Amazônia.

    Desse montante, cerca de R$ 8 bilhões são em operações para disponibilização imediata dos recursos e o restante para a estruturação de futuras operações de empréstimo e investimento.

    “O BNDES tem intensificado sua atuação internacional buscando maior aproximação com diversas entidades estrangeiras, organismos multilaterais, agências oficiais de crédito e instituições financeiras privadas, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento, promover a troca de experiências, melhorar práticas e identificar projetos de interesse comum, atraindo capital para investimento em projetos no Brasil. Este esforço apresentou resultados expressivos durante as conferências do G20 e na visita ao presidente Xi Jinping, quando formalizamos nova parceria com a China”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

    Durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, o BNDES assinou contrato com o China Development Bank (CDB) para a primeira operação de empréstimo em moeda chinesa, no valor de RMB 5 bilhões (cerca de R$ 4 bilhões). O contrato, assinado com o maior banco de desenvolvimento do mundo, tem prazo de até três anos.

    A linha de crédito será destinada a apoiar investimentos do BNDES nos diversos setores da economia brasileira e representa a ampliação da cooperação em moeda local entre os países, tema amplamente discutido no âmbito dos BRICS, além de possibilitar a promoção do comércio bilateral entre China e Brasil, entre outras frentes.

    Acordos com instituições multilaterais

    O BNDES e os organismos multilaterais têm longo histórico de relacionamento, representando importante parceria para a complementação do funding do Banco. Nesse sentido, além do contrato assinado com a instituição chinesa, o BNDES também firmou acordos importantes com as instituições abaixo, durante a realização da Cúpula de Líderes do G20, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ):

    Memorando com AIIB – O BNDES e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) assinaram, no dia 18 de novembro, memorando de entendimento para a disponibilização de R$ 17,33 bilhões (US$ 3 bilhões no câmbio do dia 19 de novembro) do AIIB ao BNDES para investimentos no Brasil. O objetivo do memorando é complementar o financiamento de projetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC. No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte, conectividade energética e digital, água e saneamento.

    As duas instituições ainda colaborarão nos esforços para financiar projetos de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e apoiar os projetos de desenvolvimento urbano e infraestrutura social para a realização da COP-30, em Belém. A cooperação também tem o objetivo de mobilizar capital privado para projetos de infraestrutura.

    Contrato com CAF – O CAF, banco de desenvolvimento da América Latina e Caribe, e o BNDES assinaram, no dia 19 de novembro, o primeiro contrato entre as duas instituições para abertura de linha de crédito da CAF ao Banco no valor de R$ 2,88 bilhões (US$ 500 milhões no câmbio do dia 19). Os recursos da CAF serão destinados a investimentos que promovam a transição para uma economia mais verde e sustentável, além da inclusão financeira das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

    Também possibilitarão a realização de operações associadas a powershoring (que é a descentralização da produção para países próximos a centros de consumo e que oferecem energia limpa, segura, barata e abundante), descarbonização industrial e energética, projetos verdes, saneamento, reativação econômica e inclusão financeira, entre outros.

    Contrato com AFD – Com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Banco assinou, também no dia 19 de novembro, contrato para captação no valor de R$ 1,22 bilhão (€ 200 milhões). Os recursos da AFD serão destinados a investimentos em projetos de saneamento, desenvolvimento urbano e energias renováveis na Amazônia Legal e no Nordeste.

    Memorando com NDB – Durante o G20, o BNDES e o New Development Bank (NDB), o banco dos Brics, assinaram memorando de entendimento para ampliar a cooperação e uso de novas possibilidades de instrumentos financeiros, incluindo linhas de crédito para infraestrutura e desenvolvimento sustentável no Brasil. Entre eles, projetos para mitigação e adaptação climática, energias renováveis e eficiência energética, infraestrutura de transportes, água e saneamento, proteção ambiental, infraestrutura social e infraestrutura digital.

    Presidido pela ex-presidenta da República Dilma Roussef, o NDB realizou a primeira operação com o BNDES em 2017. Desde então, a instituição já aprovou um valor total de aproximadamente US$ 7,69 bilhões em mais de 30 projetos para o Brasil, compreendendo três financiamentos tendo o BNDES como mutuário.

    Mais recursos para o Fundo Amazônia - O Fundo Amazônia, cujos recursos são geridos pelo BNDES, sob a supervisão do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), recebeu, no último domingo, dia 17, anúncio de nova doação de R$ 348 milhões da Noruega. Os recursos foram anunciados pelo primeiro-ministro, Jonas Gahr Støre, durante a Conferência Global Citizen Now: Rio de Janeiro. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou, durante visita ao Brasil, a doação de mais R$ 289 milhões ao Fundo. Os anúncios representam o reconhecimento dos esforços do Brasil pela redução do desmatamento, que chegou em 31% no ano de 2023.

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