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Brasil articula viagem de Biden à Amazônia até o final do ano

O chefe da Casa Branca virá ao Brasil para a cúpula do G20

Luiz Inácio Lula da Silva, Joe Biden e Floresta Amazônica (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real | Reuters)

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247 - O Palácio do Planalto está negociando com autoridades dos Estados Unidos uma visita do presidente norte-americano, Joe Biden (Partido Democrata), à Amazônia para o final deste ano. A informação foi publicada nesta terça-feira (24) na coluna de Jamil Chade. O chefe da Casa Branca virá ao Brasil para a cúpula do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro em novembro.

Nesta terça-feira, os dois líderes se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), onde fizeram seus pronunciamentos. Na saída, Lula confirmou a tentativa de levar Biden para a Amazônia.

De acordo com interlocutores do governo, a ideia é que a visita aconteça quando os incêndios estiverem controlados. O Brasil registrou 200.013 focos de incêndio em 2024, um número maior do que o registrado em todo o ano de 2023, segundo dados do programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em agosto, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada, somando 2,4 milhões de hectares, ou 43% do total no Brasil no período. Esse bioma ocupa mais de 2 milhões de quilômetros quadrados (km²) - cerca de 22% do território nacional. Ele se estende por estados das regiões Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Nordeste (Maranhão, Piauí e Bahia) e Norte (Rondônia e partes do Amapá, Amazonas e Roraima).

A Amazônia ficou em segundo lugar entre os biomas com maior área queimada em agosto (2 milhões de hectares). A região da Amazônia Legal é formada por nove estados - Amazonas, Amapá, Acre, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A vegetação dessas unidades federativas representa mais de 5 milhões de quilômetros quadrados (km²), cerca de 60% do território brasileiro.

Com mais de 200 mil km², o Pantanal registrou uma área queimada 249% maior entre janeiro e agosto de 2023, em comparação com a média dos cinco anos anteriores. Foram queimados 1,22 milhão de hectares, 874 mil a mais do que a média – sendo que 52% desse total foi destruído em agosto. A vegetação do bioma, que tem 65% de sua área no estado de Mato Grosso do Sul e 35% em Mato Grosso, ambos na Região Centro-Oeste, sofreu com o consumo de 648 mil hectares pelas chamas em agosto, o maior valor registrado para o bioma nesse mês, segundo o Monitor do Fogo.

O governo federal criou uma Autoridade Climática e de um Comitê Técnico-Científico para apoiar e articular as ações do governo federal de combate à mudança do clima. A declaração foi realizada após o presidente percorrer áreas afetadas pela seca e pelos incêndios no estado do Amazonas.

Também foi assinado o decreto que regulamenta a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. A medida define as responsabilidades do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo e do Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional Federal (Ciman).

O comitê será formado por ministérios, pelo Ibama, ICMBio, organizações da sociedade civil, representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais, entre outros. O grupo será responsável por atividades consultivas e deliberativas de articulação, propor mecanismos para detecção e controle dos incêndios florestais, análise e acompanhamento das demandas referentes ao combate aos incêndios, entre outras medidas.

Já o Ciman é responsável por monitorar e articular ações de prevenção, controle e combate aos incêndios florestais. Competências do órgão incluem o monitoramento e a instalação de sala de situação para o acompanhamento das operações.

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