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    Em 9 comunidades ianomâmi, 94% dos indígenas têm alto nível de contaminação por mercúrio

    Localizado no Amazonas e em Roraima, o território abriga 31 mil indígenas em 370 comunidades

    Indígenas ianomamis em Alto Alegre (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

    247 - Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Socioambiental (ISA), divulgado nesta quinta-feira (4), apontou que índios de nove comunidades da Terra Ianomâmi têm alto nível de contaminação por mercúrio. De acordo com a pesquisa, 94% dos indígenas que participaram do levantamento estão contaminados pelo metal pesado.

    Localizado no Amazonas e em Roraima, o território abriga 31 mil indígenas em 370 comunidades. O povo ianomâmi é dividido em seis subgrupos de línguas da mesma família, designados como: Yanomam, Ianomâmɨ, Sanöma, Ninam, Ỹaroamë e Yãnoma.

    Foram coletadas amostras de cabelo de 287 indígenas do subgrupo Ninam, do povo ianomâmi. As comunidades que participaram da pesquisa ficam às margens do Rio Mucajaí, um dos mais impactos pelo garimpo ilegal na Terra Yanomami.

    Em 84% das 287 amostras de cabelo examinadas, os níveis de contaminação por mercúrio acima de 2,0 μg/g (micrograma). Outros 10,8% ficaram acima de 6,0 μg/g. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os níveis de mercúrio em cabelo não devem ultrapassar 1 micrograma por grama.

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