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    Governo paraense faz acordo para fortalecer transações de crédito de carbono

    De acordo com os defensores da proposta, o projeto contempla uma remuneração para quem está conservando a floresta viva

    Vegetação e lideranças do governo do Pará (Foto: Reuters I Divulgação)

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    247 - O Governo do Pará, comandado por Helder Barbalho, assinou o memorando de entendimento com AMBIPAR Carbon Credit Participações Ltda, empresa referência em gestão ambiental, para a comercialização de créditos de carbono dentro do Sistema Jurisdicional de REDD+ (SJREDD+), do Pará. De acordo com os defensores da proposta, a ideia é garantir os resultados almejados pela modalidade de crédito de carbono, que são: preservação do estado e remuneração para quem está conservando a floresta viva.

    “Esse crédito tem grande visibilidade global, que a gente consiga desenvolver projetos com credibilidade, com rastreabilidade, fáceis e acessíveis para todo mundo que estiver preocupado com isso”, afirmou Rafael Tello, vice-presidente de Sustentabilidade da AMBIPAR. Segundo o executivo, a ação da empresa é de

    O memorando de entendimento com a AMBIPAR estabelece as bases para uma parceria entre a Companhia de Ativos Ambientais e Participações do Pará e a AMBIPAR para aumentar o valor financeiro e ambiental dos créditos de carbono, apoiando a sustentabilidade regional. O memorando incentiva a cooperação com entidades multilaterais como o Banco Mundial.

    O Executivo estadual havia assinado, em setembro, um acordo histórico ao vender quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono e garantir financiamento da Coalizão LEAF para apoiar seus esforços de redução do desmatamento. A Coalizão LEAF é uma iniciativa pública e privada internacional que inclui diversas grandes corporações e os governos da Noruega, Reino Unido, Estados Unidos e República da Coreia.

    A coalizão pretende mobilizar ao menos US$ 1 bilhão em recursos públicos e privados, que serão utilizados para o pagamento de países ou governos locais por resultados em termos de redução de desmatamento – a mesma lógica que fundamenta o Fundo Amazônia no Brasil. Participam da iniciativa gigantes como a Amazon, Nestlé, Bayer e Unilever, entre outras.

    Os compradores da Coalizão LEAF, incluindo Amazon, Bayer, BCG, Capgemini, H&M Group e Fundação Walmart, se comprometeram a comprar 5 milhões de créditos de reduções de emissões. O acordo também vai disponibilizar mais 7 milhões de créditos para compradores corporativos adicionais, com a Emergent antecipando uma forte demanda.

    Conforme Raul Protázio Romão, secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), o acordo com a AMBIPAR democratiza a venda de crédito carbono ao mercado, já que médias e pequenas empresas poderão participar nesta nova atividade econômica sustentável.

    Participação de médias e pequenas empresas

    Além disso, a assinatura do memorando orienta sobre a criação da Sociedade de Propósito Específico (SPE), que terá o papel de centralizar atividades de avaliação técnica, certificação e comercialização eficiente de créditos de carbono, potencializando os ativos ambientais do Pará.

    Segundo Tello, a Ambipar tem capacidade tecnológica para oferecer esses créditos com o governo do Pará, de forma inovadora, por meio da tecnologia de bockchain, que permite pequenas compensações com rastreabilidade, transparência e confiabilidade extra nos projetos.

    O acordo é respaldado por garantias de compra dos governos da Noruega, Reino Unido e EUA, cobrindo uma porcentagem dos volumes de créditos.é uma parceria público-privada única focada em deter o desmatamento tropical até 2030.

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