Lula defende "política de desenvolvimento do turismo" para explorar "riqueza imensa" da biodiversidade brasileira

247 - Durante evento no Palácio do Planalto em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na manhã desta quarta-feira (5), o presidente Lula defendeu a criação de uma "política de desenvolvimento do turismo" que possa explorar a "riqueza imensa" da biodiversidade brasileira, como forma de financiar o desenvolvimento de estados do Norte do país. "Outro dia eu estava conversando com o ministro do Turismo [Celso Sabino] e eu estava imaginando a seguinte questão: muita gente viaja a Paris não apenas para ver Paris, mas para ver o Museu do Louvre; muita gente vai a Berlim para ver os museus históricos de Berlim; muita gente vai à Disney, vai ver o museu espacial em Nova York ou Washington. Agora, nós temos uma coisa que é tida como a coisa mais importante para que a gente possa manter o planeta de forma sadia, que são as nossas reservas florestais, nosso biomas. Nós temos uma riqueza imensa. Entretanto, nós não temos uma política de desenvolvimento do turismo para visitar nossas florestas", refletiu o presidente.

Lula afirmou que além de demarcar áreas de reserva ambiental, "é importante que junto com isso a gente pense no desenvolvimento do estado". "A nossa juventude muitas vezes pega avião, passa por cima da Amazônia e vai ver a Disney, vai ver outra coisa, quando a gente poderia fazer dessa riqueza que a humanidade tem hoje uma coisa extraordinária para desenvolver economicamente os estados do Norte do país, porque eles não querem ser eternamente extrativistas. Eles querem continuar tendo acesso ao desenvolvimento, à exploração financeira não apenas na produção agrícola, na criação de gado, mas na questão do turismo". 

O presidente ainda disse que o Brasil se tornou "referência mundial hoje na questão do meio ambiente, ecológica, da transição energética": "precisamos fazer disso uma coisa extremamente importante para que a gente atraia investimentos para que a gente ajude a desenvolver esses estados. O povo do Norte tem o direito de ter acesso às coisas materiais que têm os companheiros do Sul, do Sudeste".