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Marina defende que Brasil seja remunerado por países ricos para manter a floresta em pé

Ministra do Meio Ambiente também afirmou que a discussão sobre o petróleo da Margem Equatorial será técnica

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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247 – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defende a criação de um fundo para remunerar países com florestas tropicais preservadas, mesmo sem desmatamento. Este fundo, denominado Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), poderia beneficiar o Brasil com R$ 8 bilhões anuais. A proposta será apresentada na COP30, que ocorrerá em Belém no final de 2025, conforme entrevista concedida à Folha de S. Paulo.

Segundo Marina Silva, o fundo busca gratificar nações que mantêm suas florestas intactas, diferenciando-se de outros programas que pagam por resultados de redução de desmatamento. Este novo mecanismo internacional visa apoiar os países na manutenção de suas florestas por um período de pelo menos 20 anos, incentivando a preservação a longo prazo.

A ministra também destacou a importância de adaptar as políticas ambientais aos eventos climáticos extremos, como secas e incêndios, que têm sido frequentes e intensos no Brasil. Marina Silva propõe declarar um "estado de emergência climática" em 1.942 municípios vulneráveis, a fim de antecipar recursos e medidas que minimizem os danos decorrentes desses eventos.

Além disso, a ministra comentou sobre os desafios enfrentados pelo país no controle do desmatamento e na gestão de desastres naturais. Com a redução significativa no desmatamento em biomas como a Amazônia e o Pantanal, Marina Silva ressalta a necessidade de uma transição justa para energias renováveis, colocando o Brasil como parte ativa no debate global sobre o fim do uso de combustíveis fósseis.

Margem Equatorial

Em relação à exploração de petróleo, especialmente o pedido da Petrobras para explorar a Margem Equatorial, Marina Silva enfatiza que o processo de licenciamento deve ser estritamente técnico, sem interferências políticas. "No caso do Brasil, nós fazemos parte desse debate, mas a decisão não é do Ibama, não é do Ministério do Meio Ambiente. Essa é uma decisão estratégica que passa pelo Conselho de Política Energética, do qual nós também fazemos parte. O debate que se coloca no mundo é que aqueles países que são exploradores de petróleo e suas empresas, e eu advogo isso para Petrobras, não podem ser apenas de exploração de petróleo. Elas têm que ser empresas de produção de energia", disse ela.

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