Pantanal e Cerrado têm primeiro semestre com mais queimadas desde 1988
Aumento das queimadas no Pantanal em 2024 está associado principalmente à crise climática, segundo especialistas
247 - O Pantanal e o Cerrado registraram no primeiro semestre de 2024 a maior quantidade de focos de incêndio já registrada no período desde 1988, quando as queimadas começaram a ser monitoradas por satélites pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Já na Amazônia, o número de focos no primeiro semestre de 2024 é o maior dos últimos 20 anos. Os dados foram divulgados pela ONG WWF.
No Pantanal, entre 1 de janeiro e 23 de junho, foram detectados 3.262 focos de queimadas, um número mais de 22 vezes maior que o registrado no mesmo período no ano passado (+2.134%).
De acordo com especialistas, o aumento das queimadas no Pantanal em 2024 está associado principalmente à crise climática, já que o bioma vive uma seca severa. As chuvas escassas e irregulares nos primeiros meses de 2024 foram insuficientes para transbordar os rios e conectar lagoas e o Rio Paraguai, o principal do bioma, atingido níveis baixos para esta época do ano.
Em quase todos os biomas brasileiros houve aumento do número de queimadas no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2023. A única exceção é o Pampa, que tem sido atingido por chuvas devastadoras, assinala a ONG.
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