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    Boff defende Mascaro e denuncia ação de Tarcísio e do Intercept para expulsá-lo da USP

    Filósofo aponta para uma articulação direcionada contra um dos mais destacados intelectuais marxistas do Brasil

    Leonardo Boff e Alysson Mascaro (Foto: ABR | Brasil247)

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    247 - O filósofo Leonardo Boff criticou veementemente, nesta quarta-feira (11), a perseguição ao jurista Alysson Mascaro, acusado de assédio sexual sem a apresentação de provas e atualmente alvo de uma ofensiva conduzida pelo governo bolsonarista de São Paulo. 

    Boff afirmou que a suspensão de Mascaro de suas funções profissionais carece de fundamentos concretos e levantou suspeitas de que a medida seja parte de uma articulação direcionada contra um dos mais destacados intelectuais marxistas do Brasil.

    "Tenho dificuldade de entender, embora tenha estudado durante anos direito canônico: como alguém como Alysson Mascaro pode ser suspenso de suas funções de professor à base de acusações anônimas, logo avalizadas pelo Governador de SP. Suspeito porque é marxista e crítico do sistema", escreveu Boff na plataforma X. 

    Nesta quarta-feira, mesmo dia em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), editou decreto tratando do afastamento sumário de servidores públicos visando preservar a “moralidade administrativa”, o Centro Acadêmico XI de Agosto solicitou à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo o afastamento preventivo do professor, filósofo e jurista Alysson Mascaro por 180 dias de suas funções, em razão das denúncias anônimas publicadas pelo site The Intercept Brasil sobre sua conduta sexual.

    Especialista ouvido pelo Brasil 247 afirma ser “muito curioso que o decreto de Tarcísio apareça agora e que no mesmo dia o CA [Centro Acadêmico] use o decreto contra o Alysson [Mascaro]”. Além disso, ele lembra que o estatuto do servidor só permite o afastamento mediante procedimento administrativo disciplinar aberto ou sindicância. “O decreto fez uma inovação, e decreto não pode inovar a lei. Eles querem afastar sem sindicância e sem processo administrativo”.

    Na prática, o decreto visa permitir o afastamento de servidores, como Alysson Mascaro, com base apenas em denúncias anônimas, que culminam em apurações preliminares, enquanto o estatuto do servidor prevê que afastamentos só serão permitidos mediante processo administrativo ou sindicância, que requerem denúncias identificadas.

    Mascaro vem denunciando publicamente a intensa campanha de perseguição e difamação nas redes sociais. Segundo Mascaro, a ação criminosa, que se iniciou em agosto de 2023, envolve a criação de diversos perfis falsos que, sob o manto do anonimato, espalham mentiras e ofensas sobre sua vida pessoal e profissional.

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