DCO: Alysson Mascaro foi vítima da ditadura do cancelamento
Editorial do Diário da Causa Operária denuncia perseguição ao professor da USP
247 – Na última sexta-feira (13), o professor de direito da Universidade de São Paulo (USP), Alysson Mascaro, foi afastado de suas funções após uma denúncia anônima de abuso sexual. Segundo editorial do Diário da Causa Operária (DCO), o caso expõe o avanço de práticas que desrespeitam a presunção de inocência e reforçam a chamada “inquisição identitária”. A decisão, tomada pela universidade a pedido do Centro Acadêmico, baseou-se no decreto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que autoriza o afastamento de servidores públicos por até 180 dias sem apuração ou sindicância prévia.
O DCO critica duramente o que considera ser um "linchamento" público movido por histeria identitária, comparando o caso de Mascaro a situações semelhantes envolvendo figuras públicas como jogadores de futebol. No editorial, o jornal destaca: “Até então, bastava uma acusação para que a culpabilidade fosse presumida, destruindo reputações antes mesmo de qualquer julgamento”.
O caso e seus desdobramentos
O afastamento de Alysson Mascaro é classificado como "um dos mais estranhos" já registrados no contexto dessa suposta "sanha identitária". Diferentemente de outras situações, as denúncias contra o professor não envolvem mulheres como vítimas e, até o momento, sequer resultaram em abertura de processo judicial ou sindicância. Para o DCO, a falta de apuração prévia agrava ainda mais o impacto sobre a vida profissional e a reputação do docente.
A publicação compara o caso de Mascaro a episódios polêmicos, como o do ex-jogador Robinho, condenado pela justiça italiana e preso no Brasil após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o jornal, a decisão viola a soberania nacional. Também são citados os casos de Daniel Alves, preso preventivamente na Espanha, e Neymar, acusado de abuso sexual e posteriormente inocentado após divulgação de provas que desmentiram a versão da suposta vítima.
Decreto de Tarcísio e os riscos à democracia
O decreto assinado pelo governador Tarcísio de Freitas é criticado como uma ferramenta que pode ser usada para silenciar opositores políticos. “Não há nenhum motivo para acreditar que Tarcísio se preocupa com a população”, afirma o editorial, que denuncia as ações do governo estadual, como as operações policiais violentas em periferias e a privatização da Sabesp, como parte de uma agenda contrária aos direitos sociais.
O DCO alerta que a medida, aplicada inicialmente ao serviço público, pode se expandir para outras esferas sociais, criando um ambiente de perseguição política e enfraquecimento das garantias democráticas. “Essa política precisa ser rechaçada firmemente pelos setores da esquerda”, conclui o texto, defendendo a mobilização em defesa dos direitos democráticos e da presunção de inocência.
Para o Diário da Causa Operária, o afastamento de Alysson Mascaro não é um caso isolado, mas parte de uma estratégia que utiliza a “histeria identitária” para justificar ataques contra figuras públicas e trabalhadores. O editorial reforça a necessidade de uma ampla campanha em defesa das garantias democráticas e contra o uso de denúncias anônimas como instrumento de perseguição política e social.
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