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    Globo edita entrevista exclusiva de Lula e reafirma seu apoio à Lava Jato

    Entrevista foi interrompida para rebater Lula, que se queixou de não ter tido direito à presunção da inocência e ao pleno direito de defesa na Lava Jato

    Lula em entrevista a Sônia Bridi (Foto: Reprodução/TV Globo)

    247 - Após receber alta hospitalar neste final de semana, o presidente Lula (PT) concedeu entrevista exclusiva à Rede Globo, exibida no domingo (15), no Fantástico, e falou sobre a prisão do general e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) Walter Braga Netto. O presidente cobrou: "eu defendo que eles [militares envolvidos em trama golpista] tenham a presunção de inocência que eu não tive, quero que eles tenham todo o direito de defesa, mas se for verdade as acusações, essa gente teve que ser punida severamente".

    Ao se referir à "presunção de inocência que eu não tive", o presidente Lula fez referência ao processo da Lava Jato, em que foi condenado por um juiz parcial e suspeito, o hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A jornalista que conduzia a entrevista, Sônia Bridi, perguntou a Lula, então, se ele considerava não ter tido direito de defesa ao longo de todo o processo que culminou em sua condenação - vale lembrar o presidente teve sua condenação anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão da incompetência da Justiça Federal de Curitiba para julgar o caso do triplex do Guarujá.

    "Eu não tive direito de defesa. Eu não tive. Veja, eu fui preso primeiro, para depois me defender", respondeu Lula. Na sequência, reafirmando seu apoio à Lava Jato e tentando justificar seu apoio a uma operação política - com roupagem jurídica - que visava destruir a maior liderança do país, sacrificando empregos e a economia nacional, a exibição da entrevista foi interrompida para rebater a fala do presidente: "quando o presidente Lula foi preso em 2018, no caso da cobertura no Guarujá, com participação da defesa dele em todas as etapas do julgamento".

    À época, o presidente Lula foi alvo de uma investigação conduzida por um juiz suspeito e parcial, como reconheceu posteriormente o STF, que instruiu as etapas do processo em conluio com a acusação, chefiada na ocasião pelo ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol. Além disso, juiz e acusação contavam com o apoio irrestrito da imprensa hegemônica brasileira, que com horas de noticiários voltava a opinião pública contra Lula e o PT, de modo geral.

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