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"Num país civilizado, Pablo Marçal seria banido da política", alerta Luis Nassif

Jornalista afirma que o coach de extrema-direita é perigoso e não pode ser julgado com as lentes da razão

Pablo Marçal no debate da Band (Foto: Reprodução Band)

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247 – O jornalista Luis Nassif, editor do site GGN, fez um alerta sobre o risco representado pelo coach de extrema-direita Pablo Marçal, que disputa a prefeitura de São Paulo pelo PRTB. Durante o debate televisivo transmitido pela TV Bandeirantes, Marçal não apenas atacou seus oponentes com insinuações e acusações infundadas, como também reforçou a imagem perigosa que vem construindo ao longo de sua trajetória, conforme detalhado pelo jornalista Luis Nassif em seu canal no YouTube.

Marçal, conhecido por sua base de seguidores fieis e pelo estilo agressivo, insinuou durante o debate que Guilherme Boulos (Psol) é usuário de cocaína, utilizando gestos sugestivos com as mãos e o nariz, e ainda o chamou de "comedor de açúcar". Como se não bastasse, Marçal acusou Boulos de apoiar o grupo militante palestino Hamas. Em resposta a essas declarações, o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, ordenou que Marçal apague, em até 24 horas, suas postagens com essas acusações infundadas.

Para Luis Nassif, a postura de Marçal no debate e em sua campanha não é apenas irresponsável, mas perigosa para o ambiente político e social do país. "Num país civilizado, Pablo Marçal já teria sido banido da política", afirmou o jornalista. Ele destacou que Marçal não deve ser analisado com os olhos da razão e da lógica, mas sim pelos olhos de seus milhões de seguidores, que são facilmente influenciados por sua retórica populista e manipuladora.

Lavagem de dinheiro

Nassif também chamou atenção para as suspeitas sobre a origem dos recursos financeiros de Marçal, que ele afirma terem sido usados em sua campanha anterior para pagar empresas de sua própria propriedade. Essa prática, segundo Nassif, levanta sérias dúvidas sobre a legalidade dos recursos e sugere um possível esquema de lavagem de dinheiro, uma vez que a polícia está investigando as várias empresas associadas a Marçal, muitas delas registradas no mesmo endereço, o que indica manobras para evitar o pagamento de impostos.

Além das questões financeiras, Nassif destacou as narrativas fraudulentas de Marçal, como a alegação de estar construindo uma cidade sustentável na África, um projeto que, na verdade, foi iniciado em 2002 por um benemérito local, sem qualquer envolvimento do coach. O jornalista ainda revelou que Marçal conseguiu enganar até mesmo a inteligência artificial do Google, que, ao buscar informações sobre a cidade, apresentou fontes exclusivamente baseadas nas redes sociais de Marçal, reforçando a imagem manipuladora do candidato. Assista:

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