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    Pablo Marçal sugere o fim da educação pública em São Paulo

    Coach de extrema-direita ventila a ideia de vouchers para estimular a educação privada

    Pablo Marçal (Foto: Reprodução (Youtube))

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    247 – Em postagem no X, o coach de extrema-direita Pablo Marçal afirmou que os estudantes do ensino público custam R$ 8 mil por ano e sugeriu que as famílias deveriam receber cheques para colocá-los em escolas privadas. Ou seja: na prática, ele propõe uma proposta neoliberal, que é a de acabar com a educação pública e oferecer vouchers às famílias, uma tese fracassada, mas que já foi defendida por Paulo Guedes.

    Os vouchers na educação são um conceito que permite aos pais utilizar fundos públicos para matricular seus filhos em escolas privadas, em vez de enviá-los para escolas públicas tradicionais. Embora essa ideia tenha sido promovida por alguns como uma maneira de aumentar a competição entre escolas e melhorar a qualidade da educação, ela tem sido pouco adotada e muitas vezes considerada fracassada por várias razões.

    Um dos principais argumentos contra os vouchers é que eles podem exacerbar a desigualdade na educação. Escolas privadas podem cobrar taxas superiores ao valor do voucher, tornando-as inacessíveis para famílias de baixa renda. Além disso, as escolas privadas podem selecionar seus alunos, o que pode deixar para trás os estudantes mais desafiados academicamente ou socialmente.

    Os vouchers também podem drenar recursos das escolas públicas, que já enfrentam desafios de financiamento. Isso pode levar a cortes de programas e à deterioração da qualidade do ensino nas escolas públicas, afetando os alunos que permanecem nelas.

    Experiências em vários países, incluindo os EUA, mostram que os programas de vouchers, quando implementados em larga escala, muitas vezes não alcançam os resultados esperados. Em muitos casos, o desempenho dos estudantes beneficiados por vouchers não melhora significativamente em relação ao das escolas públicas.

    Além disso, escolas privadas que aceitam vouchers podem operar com menos supervisão governamental, o que pode levar a uma falta de padronização na qualidade do ensino e nos currículos, criando um ambiente educacional desigual.

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