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    "Política externa para América Latina será muito mais agressiva", diz José Reinaldo Carvalho

    Editor internacional do Brasil 247 afirma que Cuba, Venezuela, Colômbia e Bolívia entram na mira e prega unidade latino-americana

    José Reinaldo Carvalho, Nicolás Maduro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert/PR)

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    247 – Com a vitória de Donald Trump na eleição presidencial de 2024, apontada pela Fox News como quase certa após a conquista de estados-chave como Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, analistas já começam a antecipar os impactos em diversas regiões do mundo, incluindo a América Latina. José Reinaldo Carvalho, editor internacional do Brasil 247, comentou em uma superlive sobre as consequências dessa mudança no cenário político dos Estados Unidos, destacando uma política externa muito mais agressiva.

    “Haverá um aperto na política externa americana para a América Latina. A tentativa de destruição de Cuba e Venezuela, por exemplo, é evidente”, afirmou Carvalho, apontando que esses países, já submetidos a severas sanções e pressão diplomática, enfrentarão um cerco ainda maior com Trump de volta à Casa Branca. Ele destacou que o objetivo de Washington será debilitar governos que desafiam a hegemonia dos EUA na região.

    Carvalho ressaltou a necessidade de fortalecer a unidade entre os países latino-americanos para resistir a esse novo cenário, enfatizando a importância de reaproximação entre Brasil e Venezuela. “Por isso mesmo, é preciso recompor a unidade latino-americana”, disse, destacando que a cooperação regional será fundamental para enfrentar a ofensiva de uma administração Trump determinada a impor sua agenda política e econômica. Além de Cuba e Venezuela, ele mencionou que Bolívia, Colômbia e Nicarágua também estarão na mira da política externa norte-americana.

    O retorno de Trump, segundo o editor, pode ter implicações para além das fronteiras dos EUA e de suas relações com a América Latina. José Reinaldo alertou que a vitória de Trump cria um ambiente político propício para a volta de líderes populistas de extrema-direita, como Jair Bolsonaro no Brasil. “Será um grande teste para as instituições brasileiras, para o STF, para o ministro Alexandre de Moraes e para o presidente Lula”, disse ele, apontando que o contexto político interno do Brasil pode ser desafiado por uma nova onda de apoio ao bolsonarismo, impulsionada pela retomada de Trump ao poder.

    Trump, em sua declaração de vitória no Palm Beach County Convention Center, descreveu seu retorno como um “mandato poderoso e sem precedentes”, prometendo uma administração que fortalecerá os interesses dos EUA e que, segundo analistas, representará uma intensificação das políticas de pressão e sanções. A nomeação de Elon Musk para liderar uma comissão de eficiência governamental é um dos primeiros sinais de que Trump busca alinhar aliados poderosos e influentes em sua nova administração.

    Diante desse panorama, José Reinaldo Carvalho destacou que a América Latina deve se preparar para um período de maior hostilidade e resistência, com Cuba e Venezuela como focos imediatos e um possível aumento da pressão sobre outros governos que tentem manter uma postura independente em relação a Washington. Assista:

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