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      "Quem quer almoço grátis é o mercado", diz Lindbergh

      Deputado criticou editorial da Folha, um jornal a serviço dos interesses da Faria Lima

      Lindbergh Farias (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)
      Camila França avatar
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      247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) fez duras críticas ao editorial publicado pela Folha de S. Paulo neste domingo (22), que atacou a condução da política econômica do governo Lula. Em uma publicação do X (antigo Twitter), Lindbergh classificou o texto como “mentiroso” e acusou o jornal de ser “a serviço dos interesses da Faria Lima”, em referência ao mercado financeiro.

      “A Folha faz editorial mentiroso no dia de hoje para atacar o governo do presidente Lula. Não há ‘gastança’ no Brasil, nem descontrole das contas públicas, muito menos cenário de hiperinflação”, afirmou o parlamentar, em resposta às acusações de descontrole fiscal e inflação contidas no texto do jornal.

      Segundo Lindbergh, o governo Lula está implementando uma das maiores estratégias de ajuste fiscal entre os países do G20. Ele destacou que o déficit público foi reduzido de 2,1% do PIB em 2023 para uma projeção de 0,25% em 2024, mesmo herdando um cenário caótico deixado pelo governo anterior, com calotes em precatórios e gastos excessivos.

      “Esse esforço fiscal só é comparável ao que vemos em países como a Argentina, mas lá com um custo social de jogar mais da metade da população na miséria”, argumentou o deputado.

      Inflação e manipulação de narrativas

      Lindbergh também rebateu a narrativa de hiperinflação apresentada no editorial da Folha. Ele apontou que a inflação projetada para 2024 está em 4,84%, apenas 0,34% acima do teto da meta do Banco Central, um índice que, segundo ele, está longe de justificar o “alarde” promovido pela mídia e pelo mercado financeiro.

      “O que nós temos, na verdade, é uma disputa feroz sobre o controle do orçamento público. Quem quer ‘almoço grátis’ é o mercado, setores empresariais que levam bilhões em desonerações fiscais e a elite do funcionalismo com supersalários. Quem nunca tem ‘almoço grátis’ é o povo, o único que paga verdadeiramente a conta dos ajustes fiscais neste país”, disse.

      O parlamentar acusou o mercado financeiro e o Banco Central, liderado por Roberto Campos Neto, de sabotarem o governo Lula ao manterem juros elevados e promoverem instabilidade no câmbio. Ele argumentou que essa política prejudica os esforços do governo em gerar crescimento e empregos, favorecendo uma narrativa de crise que beneficia setores privilegiados da economia.

      “O governo Lula não aceita que o custo da crise recaia sempre sobre os mais pobres, e é por isso que ele apanha tanto”, concluiu.

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