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    Lindbergh sobre Campos Neto no Banco Central: ‘o Brasil vai ganhar um presente neste final de ano’ (vídeo)

    'Adeus ao sabotador. Tchau, querido', afirmou o parlamentar

    Lindbergh Farias (à esq.) e Roberto Campos Neto (Foto: ABR)
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    247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou do Banco Central nesta sexta-feira (20) a redução da taxa de juros, atualmente em 12,25%, após o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar, no último dia 11, um aumento de 0,5 ponto percentual na Selic. O Copom é vinculado ao Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto.

    “É quase Natal e quem ganha um presentão é o Brasil e o povo brasileiro. Hoje é o último dia de Roberto Campos Neto na liderança do Banco Central. Adeus ao sabotador que agiu por todos os meios para aumentar juros e travar o crescimento do Brasil! Tchau, querido!”, escreveu o parlamentar na rede social X.

    O mandato de Roberto Campos Neto vai até 31 de dezembro. Quem assumirá a presidência da autoridade monetária de 2025 a 2028 é o economista Gabriel Galípolo, aprovado por 66 votos a favor e 5 contrários no Senado, em votação secreta realizada no mês de outubro.

    Aliados do governo do presidente Lula (PT) têm cobrado a redução da Selic para facilitar o acesso ao crédito, aumentar o poder de consumo e estimular o crescimento da economia. Conforme destacam analistas críticos a Roberto Campos Neto, a alta dos juros funciona para conter a inflação de demanda da população. Ainda segundo essa análise, subir a Selic não tem tanto efeito quando boa parte dos preços no Brasil é influenciada pela inflação de custo, que sofre impactos da política econômica administrada pelo governo.

    O presidente do Banco Central tem dito, nos últimos meses, que os juros não estão baixos por conta da inflação. Quando a Selic aumenta, o crédito fica mais caro, as pessoas têm menos dinheiro para gastar e o custo dos produtos se estagna ou diminui. O nível de emprego também é outro fator mencionado por Campos Neto para justificar os juros no Brasil. Segundo ele, se as pessoas estão empregadas, elas têm mais poder de compra, e, nesse contexto, a inflação pode aumentar.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no Brasil atingiu 6,4% no terceiro trimestre de 2024, a menor taxa para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012.

    A inflação em 2023 foi de 4,62%, 1,37 ponto percentual acima da meta de inflação de 3,25%, mas dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 1,50 ponto percentual, para mais ou para menos. No ano, a inflação acumulada é de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acrescentou o IBGE.

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