Aiatolá do Irã diz que queda de Assad na Síria foi resultado de plano dos EUA e Israel
Ali Khamenei disse ainda que serviços iranianos de inteligência alertaram Damasco sobre ameaças há vários meses
(Reuters) – O Líder Supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira que a queda do presidente sírio Bashar al-Assad foi resultado de um plano dos Estados Unidos e de Israel.
Segundo ele, um dos países vizinhos da Síria também desempenhou um papel no ocorrido. Embora não tenha nomeado o país, Khamenei aparentemente se referia à Turquia, que apoiou rebeldes contrários a Assad.
A queda de Assad é amplamente vista como um duro golpe para a "Eixo da Resistência", aliança político-militar liderada pelo Irã que se opõe à influência israelense e norte-americana no Oriente Médio.
"O que aconteceu na Síria foi planejado principalmente nas salas de comando dos Estados Unidos e de Israel. Temos evidências disso. Um governo vizinho da Síria também esteve envolvido", afirmou Khamenei em um discurso divulgado pela mídia estatal iraniana.
O país vizinho teve um "papel claro e continua a tê-lo", acrescentou.
A Turquia, membro da OTAN, que controla extensas áreas no norte da Síria após várias incursões transfronteiriças contra a milícia curda síria YPG, tem sido uma das principais apoiadoras dos grupos de oposição que buscam derrubar Assad desde o início da guerra civil em 2011.
O Irã investiu bilhões de dólares para sustentar Assad durante a guerra e enviou sua Guarda Revolucionária à Síria para manter o aliado no poder.
Horas após a queda de Assad, o Irã declarou que esperava que as relações com Damasco continuassem com base na "abordagem visionária e sábia" de ambos os países, pedindo o estabelecimento de um governo inclusivo que representasse todos os segmentos da sociedade síria.
Em seu discurso, Khamenei também afirmou que a aliança liderada pelo Irã ganharia força em toda a região.
"Quanto mais pressão você exercer, mais forte a resistência se torna. Quanto mais crimes você cometer, mais determinada ela se torna. Quanto mais lutar contra ela, mais ela se expande", disse Khamenei.
"O Irã é forte e poderoso — e ficará ainda mais forte", concluiu.
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