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    Alemanha retomará doações a agência da ONU em Gaza

    Comunicado foi divulgado na quarta-feira pelos ministérios das Relações Exteriores e da Economia da Alemanha

    Palestinos na Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Ramadan Abed)

    Sputnik - O governo alemão pretende retomar sua cooperação com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), segundo um comunicado conjunto divulgado na quarta-feira pelos ministérios das Relações Exteriores e da Economia da Alemanha.

    "Diante desse cenário e paralelamente a essas reformas, o governo alemão retomará em breve sua cooperação com a UNRWA em Gaza, como já fizeram países incluindo Austrália, Canadá, Suécia e Japão. A Alemanha manterá uma estreita ligação com seus principais parceiros internacionais sobre o desembolso de mais fundos", diz o comunicado.

    A decisão segue uma investigação de um grupo de revisão independente para verificar se alguns membros do pessoal da UNRWA estiveram envolvidos no ataque do Hamas em 7 de outubro.

    Os ministérios pediram à UNRWA que implemente as recomendações do grupo sem demora.

    "Ao retomarmos nossa cooperação aguda, estamos apoiando o papel vital e atualmente insubstituível desempenhado pela UNRWA em atender às necessidades básicas das pessoas em Gaza", afirmou o comunicado.

    Em fevereiro, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, nomeou um painel de revisão independente liderado pela ex-Ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, para verificar as atividades da UNRWA por supostos vínculos com o Hamas. O relatório final foi publicado na segunda-feira, afirmando que Israel não forneceu evidências de que os trabalhadores da agência supostamente fossem membros de "organizações terroristas".

    Em janeiro, Israel compartilhou dados com a liderança da UNRWA sobre o suposto envolvimento de alguns de seus membros no ataque do Hamas em 7 de outubro e prometeu responsabilizar qualquer pessoa envolvida em "atos de terror". Vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Japão e outros, responderam suspendendo o financiamento para a agência. No entanto, até março, muitas dessas nações haviam decidido retomar seu financiamento.

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