Após críticas da UE, Trump reitera que Ucrânia terá um lugar à mesa em negociação de paz, assim como a Rússia
Líderes da UE se revoltaram e defenderam a continuidade da guerra, enquanto Trump busca um cessar-fogo
247 - Líderes europeus se revoltaram com os Estados Unidos nesta quinta-feira (13) contra um acordo de paz com a Rússia sobre a guerra na Ucrânia, enquanto buscam um lugar na mesa de negociações depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, e anunciou o início das negociações.
Trump fez críticas ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o telefonema. Ele afirmou que a Ucrânia precisa realizar eleições presidenciais. "Mas, sim, às vezes você também precisa ter eleições", disse Trump na quarta (12). Trump acrescentou que não se comprometeu a visitar a Ucrânia. Ele ainda descartou um dos principais pleitos de Kiev e de Bruxelas: a entrada da Ucrânia na Otan. Mas, questionado se ele excluía o presidente ucraniano dos esforços para resolver a situação na Ucrânia, o líder da Casa Branca já havia negado na ocasião.
A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, reagiu, e defendeu a continuidade da guerra. "Está claro que qualquer acordo pelas nossas costas não funcionará. Qualquer acordo também precisará contar com a participação da Ucrânia e da Europa", disse.
"Por que estamos dando a eles (Rússia) tudo o que querem antes mesmo do início das negociações?", disse Kallas, falando antes de uma reunião de ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com seu homólogo ucraniano em Bruxelas. "É um apaziguamento. Isso nunca funcionou."
Por sua vez, Zelensky disse nesta quinta que os líderes mundiais não devem confiar nas "alegações de prontidão para acabar com a guerra" de Putin.
Zelensky fez o comentário na plataforma X depois de conversar com o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, com quem disse ter discutido as condições necessárias para alcançar uma "paz duradoura" na Ucrânia.
A previsão do governo dos EUA é de que um cessar-fogo possa ser alcançado em um futuro "não tão distante", segundo declarou Trump na quarta. (Com informações da Reuters).
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