Após pior terremoto em mais de 100 anos, Mianmar corre alto risco de sofrer liquefação do solo; entenda

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e247 - Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar, deixando um rastro de destruição e mais de mil mortos. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o número de vítimas pode ultrapassar 10 mil, à medida que os esforços de resgate avançam. A Tailândia, país vizinho, também sofreu impactos e registrou, até o momento, dez mortes decorrentes do tremor. As informações são da CNN Brasil.

A magnitude e a intensidade do terremoto fazem dele o mais forte a atingir Mianmar em mais de um século, segundo estimativas do USGS. O último tremor de magnitude semelhante foi registrado em 1912, na cidade de Taunggyi, no centro-leste do país.

Além das perdas humanas e materiais, especialistas alertam para outro risco iminente: a liquefação do solo. Segundo o USGS, até um milhão de pessoas podem ser afetadas por esse fenômeno, que pode atingir áreas entre 1.000 e 10.000 km². A liquefação ocorre quando solos soltos e saturados de água perdem sua resistência devido às vibrações causadas pelo terremoto, fazendo com que se comportem como um líquido. Isso pode resultar no colapso de edifícios, na expulsão de areia e água através de "vulcões de areia" e na deformação permanente da superfície do solo.

Embora os deslizamentos de terra sejam historicamente mais letais, a liquefação pode causar danos estruturais severos e tornar áreas inteiras inabitáveis. As equipes de resgate e autoridades locais enfrentam o desafio de mitigar os impactos e auxiliar os desabrigados, enquanto monitoram o risco de novos tremores secundários.

Com a tragédia ainda em curso, organizações humanitárias e governos da região se mobilizam para enviar ajuda e prestar suporte às vítimas. Especialistas reforçam que a população deve permanecer atenta às orientações das autoridades, especialmente em áreas de maior risco.