Aprovação de Trump cai para 43%, a mais baixa desde o retorno ao cargo

247 - Uma pesquisa realizada pela Reuters/Ipsos, divulgada nesta quarta-feira (2), revelou que a aprovação do presidente dos EUA, Donald Trump, caiu para 43%, o índice mais baixo desde sua posse para o segundo mandato em janeiro de 2025. 

A queda é atribuída ao descontentamento público com sua gestão econômica, políticas tarifárias controversas e preocupações com práticas de segurança nacional. ​

Apenas 37% dos entrevistados aprovam a maneira como Trump está lidando com a economia, enquanto 30% apoiam seus esforços para combater o alto custo de vida. Cerca de metade dos participantes acredita que as novas tarifas sobre automóveis e autopeças prejudicarão suas finanças pessoais e farão mais mal do que bem. Esses sentimentos são amplamente compartilhados por não republicanos. ​

A confiança pública também foi abalada após revelações de que altos funcionários discutiram uma operação militar no Iêmen usando o aplicativo de mensagens não seguro Signal. 74% dos entrevistados consideram essa prática imprudente, e 70% acreditam que Trump deve ser responsabilizado pelo incidente. 

Políticas de Trump e seus impactos domésticos

Desde sua primeira passagem pela Casa Branca, Donald Trump tem apostado em uma agenda marcada por medidas anti-imigração, anti-diversidade e de viés isolacionista na economia. Essas políticas ganharam força com seu retorno ao poder em 2025.

No campo migratório, Trump prometeu e vem cumprindo uma "deportação em massa", usando inclusive a antiga Lei de Inimigos Estrangeiros para facilitar detenções e expulsões. Durante seu primeiro mandato, foi duramente criticado pela separação de famílias e a detenção de crianças migrantes, prática que voltou a ser utilizada.

Sua administração promove uma “limpeza ideológica” nos museus públicos, como o Smithsonian, removendo conteúdos considerados "antiamericanos" e restaurando estátuas retiradas após protestos por justiça racial. Paralelamente, iniciou investigações contra empresas como a Disney por políticas de diversidade, acusando-as de discriminação reversa.

E na economia, Trump retomou seu protecionismo com tarifas unilaterais que visam fortalecer a indústria interna, mas já provocam reações negativas no mercado e entre aliados comerciais.