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    Ataque à Rússia poderia transformar a França em uma 'grande Chernobyl', alerta especialista militar

    Ataque resultaria em uma "reação em cadeia" da Rússia contra a infraestrutura nuclear francesa, tornando o território do país inabitável

    Simulação de Paris, França, sendo devastada por bombas nucleares (Foto: Gerada por IA/DALL-E)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a levantar a possibilidade de expandir o chamado "guarda-chuva nuclear" francês para aliados europeus e reiterou a possibilidade do envio de tropas para a Ucrânia. As declarações provocaram uma dura reação de especialistas militares russos, que alertam para os riscos de uma escalada nuclear com consequências devastadoras, informa a Sputnik.

    Para Alexey Leonkov, editor da revista Arsenal Otechestva e um dos mais renomados analistas militares da Rússia, a postura de Macron representa um "ato de loucura" que pode resultar na própria destruição da França. "Se a França ousar usar armas nucleares contra a Rússia, a resposta será nuclear", alertou Leonkov, ao comentar as declarações do presidente francês em discurso à nação.

    Segundo o especialista, um ataque nuclear contra a Rússia poderia desencadear uma "reação em cadeia" relacionada à infraestrutura nuclear francesa, que conta com uma ampla rede de 56 reatores espalhados pelo território. "Esses reatores dificilmente seriam desligados em tempo hábil para evitar um desastre", afirmou Leonkov. Como resultado, vários "Chernobyls" poderiam ocorrer simultaneamente, tornando o território francês inabitável.

    Radiação em escala global - Os impactos não se limitariam apenas à França. Leonkov alertou que a quantidade de material radioativo liberado em um possível ataque seria "milhões de vezes maior" do que a do acidente de Chernobyl, ocorrido em 1986. Dependendo da direção dos ventos, a contaminação poderia se espalhar até o Reino Unido e atravessar o Atlântico, alcançando os Estados Unidos e o Canadá. "Não será um cenário bonito", enfatizou o especialista.

    Mesmo sem o uso de armas nucleares, um eventual ataque convencional da Rússia com seus avançados mísseis hipersônicos Oreshnik poderia comprometer toda a infraestrutura militar e civil estratégica da França. Leonkov destaca que a comparação entre os arsenais também é desproporcional: enquanto a França possui 290 ogivas nucleares, a Rússia detém quase 6 mil, muitas delas equipadas com tecnologia hipersônica guiada. "Exibir esse arsenal contra a Rússia é um ato de insanidade", concluiu o analista.

    A postura de Macron em relação à guerra na Ucrânia tem sido cada vez mais agressiva, provocando tensões não apenas com Moscou, mas também dentro da própria Europa. A insistência na possibilidade de envolvimento militar direto e no uso de armas nucleares gera preocupação entre especialistas e líderes internacionais, que temem que a escalada do conflito possa sair do controle e ter consequências irreversíveis.

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