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    Biden: Oriente Médio pode ter guerra total, mas dá para evitar novos conflitos

    "É preciso haver uma solução de dois Estados", disse o presidente norte-americano sobre o genocídio cometido por Israel em Gaza

    Presidente dos EUA, Joe Biden (Foto: REUTERS/Tom Brenner)

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    Reuters - O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na quarta-feira que uma guerra total era possível no Oriente Médio, mas também havia a possibilidade de um acordo nos conflitos de Israel em Gaza e com o Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano.

    "Uma guerra total é possível, mas acho que também há a oportunidade - ainda estamos trabalhando nisso - de alcançar um acordo que pode mudar fundamentalmente toda a região", disse Biden em uma aparição no programa "The View", da ABC.

    Biden, que está em Nova York nesta semana para as reuniões da Assembleia Geral da ONU, tem trabalhado para acalmar as tensões, já que a guerra, que já dura quase um ano, entre Israel e os militantes palestinos do Hamas na Faixa de Gaza agora ameaça engolfar o Líbano. Israel ampliou seus ataques aéreos no Líbano na quarta-feira e derrubou um míssil que o Hezbollah disse ter disparado contra a agência de espionagem Mossad, perto de Tel Aviv.

    O presidente dos EUA, um aliado de longa data de Israel, tem defendido a solução de dois Estados para o conflito Israel-Palestina e afirmou que discorda abertamente da posição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o tema.

    "Eu não concordo com sua posição. É preciso haver uma solução de dois Estados", disse Biden. "Isso precisa acontecer."

    Biden disse que, uma vez que os cessar-fogos sejam garantidos com o Hezbollah e em Gaza, a atenção poderá se voltar para a Cisjordânia.

    "É possível, e estou usando toda a energia que tenho... para fazer isso acontecer. Há um desejo de mudança."

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