Biden alerta jihadistas em Damasco: "monitoraremos palavras e ações"
Presidente dos EUA também prometeu fornecer assistência à Síria, tanto em forma de ajuda humanitária quanto na reconstrução
247 - A Síria está em um ponto de virada após o colapso repentino do governo do presidente Bashar al-Assad, o que representa uma oportunidade para construir um futuro melhor para o povo sírio, mas também traz riscos e incertezas, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, neste domingo (8).
"É um momento de oportunidade histórica para o povo da Síria, que há muito sofre, construir um futuro melhor para seu orgulhoso país. Também é um momento de risco e incerteza", disse Biden em um pronunciamento sobre os recentes acontecimentos na Síria.
Washington está "ciente" de que o EI (Estado Islâmico) "tentará aproveitar o novo vácuo" para restabelecer sua capacidade e criar um refúgio seguro na Síria, mas os EUA não permitirão que isso aconteça, acrescentou Biden.
"Nos envolveremos com todos os grupos sírios, inclusive no processo liderado pelas Nações Unidas para estabelecer uma transição do regime de Assad para uma Síria independente e soberana... com uma nova constituição e um novo governo que sirva a todos os sírios", declarou o presidente americano.
Biden também prometeu fornecer assistência à Síria, tanto em forma de ajuda humanitária quanto na reconstrução do país devastado pelo conflito, garantindo, junto com os parceiros, que todos os riscos permaneçam sob controle.
"Alguns dos grupos rebeldes que derrubaram Assad têm seus próprios históricos sombrios de terrorismo e violações de direitos humanos. Tomamos nota das declarações dos líderes desta revolução nos últimos dias, e eles estão dizendo as coisas certas agora, mas, à medida que assumirem maiores responsabilidades, avaliaremos não apenas suas palavras, mas também suas ações", concluiu Biden.
Grupos armados sírios capturaram a capital nacional, Damasco, neste domingo. O primeiro-ministro sírio Mohammad Ghazi al-Jalali disse que ele e outros 18 ministros decidiram permanecer em Damasco. Al-Jalali também disse ter contactado os líderes de grupos militantes que entraram na cidade.
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