Biden diz que incursão da Ucrânia na Rússia é "verdadeiro dilema para Putin" e nega envolvimento dos EUA
Cerca de 1.000 soldados ucranianos invadirem a fronteira russa na madrugada de 6 de agosto
NOVA ORLEANS (Reuters) - A incursão militar da Ucrânia na Rússia "criou um verdadeiro dilema" para o presidente russo, Vladimir Putin, disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta terça-feira, acrescentando que autoridades norte-americanas estão em contato constante com os ucranianos sobre a ação.
Uma semana depois de cerca de 1.000 soldados ucranianos invadirem a fronteira russa na madrugada de 6 de agosto, com tanques e veículos blindados, autoridades norte-americanas dizem que ainda estão tentando descobrir qual o objetivo da Ucrânia com sua incursão.
Respondendo a perguntas de repórteres ao chegar a Nova Orleans, Biden disse que tem recebido informações a cada quatro ou cinco horas nos últimos seis ou oito dias sobre a ação da Ucrânia.
"Isso está criando um verdadeiro dilema para Putin", disse ele em seus primeiros comentários substanciais sobre a operação, que parece ter pegado os russos desprevenidos.
Os EUA forneceram bilhões de dólares em armamentos destinados principalmente a fins defensivos à Ucrânia, que está tentando repelir a invasão russa de fevereiro de 2022.
Em maio, Biden autorizou Kiev a usar armas fornecidas pelos EUA contra alvos militares dentro da Rússia que estão apoiando uma ofensiva contra a cidade ucraniana de Kharkiv, no nordeste do país.
A Casa Branca disse que a Ucrânia não avisou com antecedência sobre sua incursão, que ocorreu na região de Kursk, na Rússia. Nesta terça-feira, as forças russas contra-atacaram as tropas ucranianas com mísseis, drones e ataques aéreos.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, falando aos repórteres a bordo do Air Force One, disse que Washington não teve nenhum envolvimento na operação.
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