Biden espera que Fed continue a reduzir os juros
"A taxa de juros vai cair e espera-se que caia ainda mais. Esse é um bom lugar para estarmos", disse o presidente
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira esperar que o Federal Reserve continue a cortar a taxa básica de juros, enquanto prometeu continuar trabalhando para reduzir os custos para as famílias norte-americanas.
Biden usou um evento no Clube Econômico de Washington com 500 convidados para promover as políticas de seu governo para reduzir a inflação após a pandemia da Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia, questões que têm causado ansiedade nos eleitores.
"A taxa de juros vai cair e espera-se que caia ainda mais. Esse é um bom lugar para estarmos", disse o presidente.
A inflação está muito mais próxima da meta de 2% do Fed, afirmou Biden, chamando o corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica do banco central dos EUA na quarta-feira de "boa notícia para os consumidores".
"Não estou aqui para cantar vitória... Temos mais trabalho a fazer", acrescentou Biden.
Muitos economistas previam que uma recessão seria necessária para reduzir a inflação elevada, mas até agora se mostraram errados, pois as políticas de Biden destinadas a expandir a indústria nacional, investir em energia limpa e outras infraestruturas e limitar os custos de medicamentos para idosos ajudaram a criar 16 milhões de empregos e aumentar os salários, disse Jeff Zients, chefe de gabinete do presidente, em entrevista a repórteres.
A diretora do Conselho Econômico Nacional, Lael Brainard, disse na mesma entrevista que a decisão do Fed na quarta-feira de cortar os juros pela primeira vez em quatro anos enviou um "sinal claro de que a inflação voltou a cair", observando que os preços estão agora no mesmo nível observado no mês anterior ao início da pandemia.
Mas ela disse que é preciso trabalhar mais para reduzir os custos de moradia, apoiar as necessidades de cuidados infantis.
A Casa Branca está monitorando os riscos geopolíticos, incluindo a escalada das tensões no Oriente Médio, mas não vê riscos significativos para a perspectiva econômica mais ampla, disse uma autoridade.
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